segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Crise – É hora de fazer escolhas

Por Artur Reis

Fonte: Texelart / Shutterstock.com
Infelizmente há momentos em que a empresa precisa fazer corte de pessoal. Na crise não há como manter uma estrutura organizacional projetada para tempos de prosperidade.
Só em 2015 o Brasil perdeu cerca de 1 milhão de postos de trabalho. E as estatísticas não são tão confiáveis assim, pois muita gente que foi demitida entrou para a categoria de microempreendedor individual, a partir da simplificação da burocracia adotada pelo Governo para facilitar a abertura de empresas. Não pense que o Governo é bonzinho por promover essa facilidade. Aliás, já estava na hora do incorporar mecanismos mais simplificados para abertura e fechamento de empresas.  A partir do momento em que um desempregado abre uma empresa, mesmo que não tenha qualquer receita (faturamento), ele passa a não constar mais da estatística de desemprego. Isso é bom para o Governo. E mais, o Governo deixa de pagar o salário desemprego, economizando e dando um calote oficial no povo.
Mas, do lado das empresas, na hora da crise, elas têm que fazer escolhas. Quem deverá ser cortado? Os mais antigos? Os que têm menos tempo de casa? Os que têm família? Os que já estão perto de se aposentar? Os que ganham mais?
São vários os critérios que as empresas podem adotar. Mas, uma coisa é certa: a empresa precisa sobreviver à crise. Por isso, com menos pessoas, terá que fazer igual ou melhor do que fazia antes da crise. Saber escolher quem deverá ficar e quem deve ser mandado embora é um processo penoso, mas fundamental. Às vezes um empregado que ganha mais é o mais preparado e mais comprometido com o sucesso da empresa. A produtividade pode ficar muito prejudicada quando é usado apenas o salário como referência para o corte. Já ao usar apenas o critério da antiguidade para demitir, as empresas podem cair no erro clássico de perder competência adquirida. Nos anos 90, quando a reengenharia passou a ser largamente aplicada pelas grandes empresas como sinônimo de redução de pessoal, muitas empresas demitiram os mais antigos e contrataram uma força de trabalho recém-saída das faculdades, com menos experiência, mas com nível acadêmico mais elevado. Em pouco tempo, muitas empresas tiveram que recontratar os veteranos, como consultores pois haviam perdido o lastro da história e conhecimento da empresa, impactando muito a capacidade de realização. Algumas empresas sofreram muito com a reengenharia e ficaram em situação de dificuldade financeira. Um dos fatores que foram levantados na época é que os jovens tinham muito menos aversão ao risco  que os veteranos. Eram capazes de tomar decisões muito mais arriscadas. Algumas comprometendo a saúde financeira da empresa, como foi o caso do Barings Bank.
Portanto o critério de seleção das demissões deve levar em consideração a capacidade de execução de cada empregado. A empresa deve avaliar até que ponto cada colaborador contribui diretamente para os resultados de sua área e da empresa como um todo. Tudo isso deve ser visto nas diversas funções.
Outra polêmica: nunca se deve cortar vendedores na época de crise! Na verdade, o importante é ter bons vendedores. Uma boa equipe faz a diferença. Não é a quantidade, mas a qualidade da equipe que importa.
Estou compartilhando esse vídeo pois mostra esse mesmo problema visto por um outro ângulo, num momento em que ainda não há a crise: “Um colaborador se sente injustiçado por não receber o mesmo salário que o seu colega mais novo”. Vejam o vídeo e deixem seus comentários.


Fonte: Matéria extraída do website da AR Consultoria em Marketing e Gestão

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