Artigo Publicado em 2005 por: Roberto Campos Lima, Fabio Fontanela Moreira e Luiz Gustavo M. Sedrani (3 GEN Gestão Estratégica)
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Introdução
Ao longo das últimas décadas as técnicas de gestão têm evoluído para atender às necessidades emergentes de acionistas, executivos e comunidade.
No início do século, os sistemas de gestão da performance organizacional baseavam- se em indicadores financeiros e contábeis, já que o paradigma de valor estava diretamente associado aos ativos tangíveis, tais como máquinas, equipamentos e edifícios. Desde então, o referencial foi mudando e o valor de uma organização passou a ser baseado em grande parte nos ativos intangíveis, como capacidade de inovar, valor da marca, aptidão para implementar a estratégia, dentre outros.
Assim, a pergunta colocada aos gestores era: Como gerenciar uma organização que tem grande parte do seu valor baseado em ativos intangíveis com sistemas de mensuração que capturavam somente o valor tangível?
Tentando responder a esta e outras perguntas, no início dos anos 90, a unidade de pesquisas da KPMG elaborou um estudo chamado “Measuring performance in the organization of the future”, baseado na hipótese de que as abordagens de avaliação da performance, baseadas em indicadores financeiros, não expressavam com exatidão a criação de valor futuro das organizações.
Já em 1992, Robert Kaplan, professor da Harvard Business School, e David Norton, consultor de empresas que liderou o estudo da KPMG, publicaram o artigo “Balanced Scorecard – indicadores que impulsionam o desempenho” na Harvard Business Review dando notoriedade ao conceito no mundo do management e criando os fundamentos para a estruturação do modelo de gestão estratégica.
Desde então, o Balanced Scorecard tem evoluído graças a sua disseminação e uso por organizações com e sem fins lucrativos em todo o mundo.
Para entender melhor essa evolução, vamos fazer uma viagem no tempo.
1992
Balanced Scorecard como Sistema de Mensuração da Performance Empresarial
Nesse primeiro artigo, Kaplan e Norton descrevem o Balanced Scorecard como “um conjunto de indicadores que proporciona aos gerentes uma visão rápida, embora abrangente, de toda a empresa”. Ainda segundo os autores “o Balanced Scorecard inclui indicadores financeiros, que mostram o resultado das ações do passado, e os complementa com indicadores operacionais, relacionados à satisfação dos clientes, processos internos e a capacidade da organização de aprender e melhorar”.
Resumidamente, podemos dizer que Kaplan e Norton posicionam o Balanced Scorecard
inicialmente como um conjunto de indicadores balanceados em quatro perspectivas (financeira, clientes, processos internos e aprendizado e inovação).
1996
Uso do BSC na tradução da estratégia
Em 1996, Kaplan e Norton publicam “A estratégia em ação – Balanced Scorecard”, o primeiro livro sobre o tema. Esta obra dá início à evolução conceitual do BSC. Os autores reposicionam o conceito, que deixa então de ser apenas um conjunto de indicadores balanceados e passa a ter um objetivo mais nobre e complexo: traduzir a estratégia em ação.
Alguns elementos que tinham sido apenas tangenciados no artigo inicial tomaram forma, como a definição dos objetivos estratégicos e das relações de causa-efeito.
Enquanto o primeiro artigo enfoca indicadores que auxiliam os gerentes a terem uma visão mais abrangente da empresa, o livro explora o uso do Balanced Scorecard para medir o grau de implementação da estratégia, nas quatro perspectivas clássicas, admitindo que outras perspectivas podem ser necessárias, dependendo da organização.
A obra também evoluiu com relação à definição de alguns conceitos e elementos utilizados no BSC:
• Mapa Estratégico;
• Indicadores de Desempenho;
• Metas;
• Projetos.
Mapa estratégico
O mapa estratégico é uma arquitetura lógica capaz de representar graficamente a estratégia de uma organização, área de negócios, área de apoio, ou de qualquer outra estrutura organizacional, explicitando a relação entre acionistas, clientes, processos de negócio e capacidades.
O mapa evidencia os desafios que a organização terá de suplantar para concretizar a visão de futuro, ou para cumprir a missão, no caso de algumas entidades sem fins lucrativos. Esses desafios são estruturados na forma de objetivos estratégicos, inter-relacionados por relações de causa e efeito, permitindo a identificação dos impactos que um determinado objetivo gera ou recebe, criando uma história lógica da estratégia.
A estrutura dos mapas estratégicos é formada basicamente pelas perspectivas, que podem ser consideradas dimensões de análise da estratégia. A estrutura clássica do Balanced Scorecard contempla 4 perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento.
Estas dimensões podem, no entanto ser alteradas ou eliminadas. Pode-se ainda, adicionar novas perspectivas que permitam representar corretamente a estratégia da organização.
Outro elemento importante no mapa estratégico é o tema estratégico. Os temas são os grandes eixos da estratégia e são representados nos mapas como um conjunto de objetivos com uma finalidade ou um desafio comum. Estes temas estratégicos estão formalmente estruturados na perspectiva de processos internos, porém, na maioria dos casos, os temas estão presentes nas outras perspectivas através das relações de causa e efeito.
Os temas são muito importantes, pois permitem contar a história da estratégia. Enquanto as perspectivas fornecem dimensões de análise em termos mais estruturais, os temas fornecem uma dimensão de análise em termos do negócio.
Grande parte dos mapas estratégicos explicitam, além de objetivos, relações de causa-efeito, temas estratégicos e perspectivas, a proposta de valor da organização. Tal proposta de valor representa o posicionamento estratégico da organização e o modo como a empresa irá se apresentar ao mercado e aos seus clientes. É na prática a promessa implícita que a empresa faz aos clientes, de entregar uma determinada combinação de atributos de valor combinando preço, qualidade, desempenho, seleção, conveniência e assim por diante.
Indicadores de Desempenho
Indicadores de desempenho estratégico, no seu mais alto nível de definição, são aqueles escolhidos pela direção para medir o desempenho da estratégia e do alcance dos objetivos estratégicos. É a partir dos indicadores que a organização verifica se a estratégia escolhida está alcançando os resultados esperados ou se é preciso fazer ajustes para atingir as metas, os objetivos e a visão de futuro. Portanto, indicadores de desempenho estão diretamente vinculados aos objetivos estratégicos.
Outro conceito fundamental utilizado no BSC é a definição em relação ao tipo de indicador de desempenho utilizado, diferenciando em: indicadores de resultado e indicadores de esforço.
Enquanto indicadores de resultado são aqueles que, por si só, medem o alcance dos objetivos estratégicos de forma direta, os indicadores de esforço medem os esforços da organização para conseguir alcançar o objetivo ao qual estão vinculados.
Metas
As metas representam o valor do indicador no futuro, ou seja, a expectativa de desempenho esperada para um determinado indicador. No BSC, as metas de longo prazo definem o desempenho esperado para um determinado indicador no mesmo horizonte de tempo da estratégia.
Projetos Estratégicos
Projeto (1), de forma genérica, é “...um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros bem definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.”
Por sua vez, projetos estratégicos são os meios que ajudarão a organização a atingir os desafios estratégicos impostos pelas metas. São os programas, iniciativas ou ações de intervenção que estão diretamente associados a uma estratégia por meio de um objetivo estratégico.
Ou seja, como visão geral, os objetivos definem os desafios. Os indicadores representam como esses desafios podem ser medidos e monitorados, as metas definem o tamanho ou complexidade desse desafio no tempo. Os projetos estratégicos formam o conjunto de soluções para eliminar a lacuna entre o desempenho atual e a expectativa futura de desempenho.
Final dos anos 90 até 2001
O BSC como centro da gestão estratégica
Com a publicação do artigo e do primeiro livro sobre o tema, o BSC passou a ser reconhecido em todo o mundo como um mecanismo efetivo para a comunicação e implementação da estratégia.
Com o crescente uso do BSC como forma de traduzir, medir e acompanhar a evolução da estratégia, Norton e Kaplan foram consolidando o conceito. Parte desse amadurecimento foi descrito em novos artigos como “Utilizando o balanced scorecard como sistema gerencial estratégico”, “Having Trouble with Your Strategy? Then Map It (Problemas com a sua estratégia?
Então mapeie-a)”, publicados também pela Harvard Business Review. consolidação do BSC como parte integrante da gestão estratégica ocorreu em 2001, com a publicação do segundo livro de Kaplan e Norton, intitulado “Organização Orientada para a Estratégia: como as organizações que adotam o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios”.
Neste segundo livro, os autores reforçam o posicionamento do BSC como mecanismo facilitador da implementação da estratégia nas organizações. Trazem também um novo significado para empresas que conseguem implementar as suas estratégias com sucesso - as chamadas SFO (Strategy Focused Organization), ou Organizações Orientadas para a Estratégia. O BSC passa a colocar a estratégia e a visão no centro, e não mais o controle.
Os autores, assim como no livro anterior, partiram de uma observação da realidade das empresas e concluíram que o que fez com que estas organizações, chamadas SFO, obtivessem sucesso ao implementar as suas estratégias foram alguns pontos comuns, batizados de “Os 5 princípios das organizações orientadas para a estratégia”.
Estes 5 princípios ou fundamentos, de forma resumida, foram descritos pelos autores como:
• Transformar a estratégia em termos operacionais;
• Alinhar a organização para criar sinergia;
• Transformar a estratégia em tarefa de todos;
• Transformar a estratégia em processo contínuo;
• Liderança executiva para mobilizar a mudança.
Traduzir a estratégia em termos operacionais
Consiste em fazer com que a estratégia, esteja ela formalizada ou na mente dos gestores, seja traduzida ou formatada nos padrões do Balanced Scorecard, contendo:
• Mapa estratégico;
• Indicadores de desempenho da estratégia;
• Metas de longo prazo desdobradas no curto prazo;
• Projetos Estratégicos.
Alinhar a organização para criar sinergia
Garantir que toda a empresa esteja falando a mesma linguagem, buscando os mesmos
desafios, com foco na mesma visão de futuro. O desdobramento da estratégia permite que toda organização esteja no mesmo caminho, integrando áreas de negócio, áreas de apoio e diretorias à visão de futuro da organização.
Transformar a estratégia em tarefa de todos Fazer com que a estratégia seja compreendida e incorporada por toda a organização e não apenas pela alta gestão. Fazer com que a estratégia seja comunicada de forma ampla, permite que o foco das equipes esteja alinhado com a visão de futuro e que os esforços sejam orientados para o que é prioritário.
A estratégia como tarefa de todos enfoca e trata de temas como:
• Comunicação da estratégia;
• Scorecards de equipes e de pessoas;
• Reconhecimento e remuneração variável.
Além disso, o princípio interage fortemente com o alinhamento da organização para criar sinergia.
Ao alinhar a organização, a estratégia acaba sendo comunicada de forma mais próxima ao cotidiano das pessoas, ressaltando as contribuições das equipes e dos processos.
Transformar a estratégia em processo contínuo O foco é fazer com que estratégia se transforme em um processo sistematizado e contínuo na organização, onde as decisões tomadas estejam sempre fundamentadas nas demandas de longo prazo.
Enquanto os três princípios anteriores visam basicamente uma boa tradução e comunicação da estratégia, o processo contínuo enfoca o uso efetivo do BSC como modelo de gestão estratégica, envolvendo elementos como:
• Definição do modelo de gestão estratégica;
• Reuniões de gestão estratégica do negócio (GEN);
• Vínculo entre estratégia e orçamento;
• Utilização de soluções tecnológicas para suportar a gestão estratégica.
Liderança executiva para mobilizar a mudança
O foco desse princípio é garantir que a organização incorpore o conceito de organização orientada para a estratégia, principalmente nos altos escalões.
É preciso garantir que toda a organização esteja alinhada em torno da mesma visão e mobilizada pela liderança para a implementação da estratégia. É preciso formalizar o BSC como modelo para apoiar a organização na gestão e implementação de sua estratégia.
Projetos, modelos de gestão ou qualquer outra grande mudança, só se efetivam quando as pessoas acreditam e são mobilizadas para que tal mudança ocorra.
O BSC Hoje
O BSC tem se mostrado um conceito muito efetivo. Além de levar a estratégia até a operação, garante foco em reuniões de gestão estratégica e aumenta significativamente a velocidade e acurácia na comunicação e tomada de decisão estratégica.
Em 2004, com o lançamento do terceiro livro escrito por Kaplan e Norton, “Mapas Estratégicos”, as organizações que utilizam o BSC para uma efetiva gestão estratégica, tiveram acesso a estudos de caso de várias empresas, tanto do Brasil como do exterior, reforçando ainda mais o uso do BSC como parte integrante da gestão estratégica.
Conclusões
Em quase 15 anos de existência, o BSC passou por uma grande evolução conceitual, deixando de ser um simples painel de indicadores balanceados para se tornar parte integrante do modelo de gestão estratégica.
O BSC, muito mais que um conjunto de indicadores balanceados, é um modelo que auxilia o monitoramento do progresso das organizações rumo à visão de futuro e às suas metas de longo prazo, a partir da tradução da estratégia em objetivos, indicadores, metas e projetos estratégicos, garantindo uma gestão estratégica eficiente e eficaz.
(1) - VARGAS, Ricardo V., “Análise de valor agregado em projetos”, (Editora Brasport, 2002)
Referência Bibliográfica
KAPLAN, Robert. S. e NORTON, David, “Balanced Scorecard – indicadores que impulsionam o desempenho” (HBR – Harvard Business Review, 1992).
KAPLAN, Robert. S. e NORTON, David, “Colocando em funcionamento o balanced scorecard” (HBR – Harvard Business Review, 1993).
KAPLAN, Robert. S. e NORTON, David, “Utilizando o balanced scorecard como sistema
gerencial estratégico” (HBR – Harvard Business Review, 1996).
KAPLAN, Robert. S. e NORTON, David, “Having Trouble with Your Strategy? Then Map It”
(HBR – Harvard Business Review, 2000).
VARGAS, Ricardo V.“Análise de valor agregado em projetos”,(Editora Brasport,2002)
domingo, 30 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
A Contabilidade como Ferramenta de Gestão
Os últimos três séculos foram dominados por uma só tecnologia. Iniciando-se com os grandes sistemas mecânicos e a Revolução Industrial no século XVIII, posteriormente com a invenção da máquina a vapor no século seguinte e finalmente a partir do século XX iniciou-se a era da informação.
A partir dessa data o mundo tem mudado em uma velocidade vertiginosa, principalmente nas duas últimas décadas, graças ao avanço da ciência, que agrega de uma forma sistemática, novas tecnologias em nosso cotidiano, principalmente na área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.
Todos estes avanços que nos são disponibilizados geram uma carga cada vez maior de informações, que são acumuladas em grandes bancos de dados e colocadas a nossa disposição. Não é de se estranhar que uma das marcas mais valiosa do mundo seja atualmente a GOOGLE, ultrapassando gigantes como a GE, Microsoft, Coca Cola e IBM. O grande desafio atualmente é sabermos utilizar essa grande massa de informações em nosso proveito e obter vantagem sobre aqueles que por qualquer motivo ignoram essa possibilidade.
A aplicação da alta tecnologia ora disponível encurta distâncias e torna o tempo uma variável cada vez mais importante. Foi criada uma nova ordem política, econômica e social com o fenômeno da globalização. As fronteiras deixaram de ser obstáculos, grandes somas de recursos transitam a velocidade de um toque no teclado ou mouse, inserindo as pessoas e as empresas em um cenário cada vez mais competitivo, exigindo de todos velocidade na tomada de decisão. Diferentemente do passado não é o maior que leva vantagem sobre o menor é o mais rápido em detrimento ao mais lento.
Como não poderia deixar de acontecer, as relações econômicas e financeiras foram afetadas de forma significativa, por conseqüência a vida das empresas também foi afetada, mais particularmente quanto ao controle e gestão do seu patrimônio, abjeto finalístico da contabilidade.
O sucesso de toda empresa, seja ela de qualquer porte, está intimamente ligado ao conhecimento que ela possui de si mesma, do mercado em que atua e dos seus concorrentes. Desta forma, o grande desafio dos gestores modernos é contar com boas ferramentas para obter informações precisas, que lhes permitam primeiramente planejar e em seguida acompanhar o desempenho da sua empresa, frente às suas próprias metas, ao mercado e finalmente aos seus concorrentes. Essas informações por sua vez só se tornam válidas quando são fornecidas em tempo para que medidas saneadoras sejam tomadas, em caso de necessidade.
Cada vez mais os sistemas contábeis, extrapolam o campo da obrigatoriedade legal e se transformam em fonte segura para a tomada de decisão, oferecendo uma gama de poderosos instrumentos de análise para a gestão. Para que isso possa acontecer de uma forma rápida e eficaz, os dados que alimentam esses sistemas tem que ser coletados, armazenados em informações válidas, e distribuídas com os usuários.
A construção de equipamentos cada vez mais rápidos e sofisticados, programas com grande capacidade de processamento e meios de comunicações capazes de transmitirem dados com velocidade e segurança, permitiu um grande avanço da contabilidade ao incorporar em sua área de atuação, toda essa tecnologia disponível que, entretanto será inútil se os dados gerados pelos agentes econômicos, através de transações entre si, e processados pela contabilidade, não forem disponibilizados ao gestor de uma forma organizada, precisa, compreensível e imediata.
Como não poderia deixar de ser o governo, como um dos maiores e mais privilegiados usuários da contabilidade, atento a toda essa parafernália tecnológica disponível, tem investindo sistematicamente imensas somas em tecnologia, com o objetivo de cada vez mais aprimorar seus controles sobre os contribuintes, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
Atualmente está em andamento um projeto governamental denominado SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), composto basicamente de três subprojetos: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e Nota Fiscal Eletrônica, permitindo que os órgãos de fiscalização e controle, tenham em seus arquivos e em tempo real todas as transações econômicas e financeiras geradas pela economia do país.
Inicialmente a obrigatoriedade está restrita a um pequeno número de empresas, geradoras das maiores arrecadações tributárias, porém fatalmente, em um período relativamente curto de tempo, todas as empresas indistintamente, independente do seu segmento de atuação ou porte, serão obrigadas a atender a essas novas exigências.
Pesquisas indicam que entre as pequenas empresas o índice de mortalidade chega a 56% ate o 3º ano de vida, sendo apontada como principais causas, a falta de informações e de dados que permitam a elaboração de um planejamento eficiente e falhas na gestão empresarial, mais especificamente quanto à gestão de fluxo de caixa e custos, ferramentas imprescindíveis e que se utilizam da contabilidade para a sua elaboração.
É impreterível o perfeito entendimento entre o Gestor e o Contabilista. Também é imprescindível que o Contabilista conheça a demanda do Gestor por informações capaz de definir, em termos econômicos e financeiros, as estratégias de negócio que possam influenciar decisivamente nos resultados da organização. Por sua vez o Gestor, como usuário privilegiado da contabilidade, deve possuir conhecimentos necessários, a fim de solicitar com precisão essas informações, interpretá-las e utilizá-las corretamente, conforme o seu modelo decisório.
Muitos empresários costumam ver a contabilidade como um “mal inevitável”, que não traz nenhum benefício para a empresa, servindo apenas para prestar informações ao Governo para efeito de fiscalização e cobrança de impostos. Olham a contabilidade apenas como burocracia inútil, e se lastimam por ter de pagar por um serviço que não traz nenhum resultado, alguns até alegam que o Governo, como único beneficiário, é quem deveria pagar por esses serviços.
Este pensamento é fruto da falta de conhecimento, por parte dos empresários, da capacidade que a contabilidade possui de gerar informações úteis para o auxílio da gestão da empresa, bem como o desinteresse e/ou a falta de capacidade técnica de alguns profissionais da área contábil, em prestar um serviço, que possa ser utilizado rotineiramente nos processos decisórios. O “mal inevitável” deve ser transformado em uma ferramenta valiosa para a gestão empresarial.
Para que isso ocorra deve ser criada uma poderosa simbiose entre o gestor empresarial e o contabilista, capaz de gerar um ambiente favorável que resulte em resultados positivos para ambas as partes, com o empresário recebendo um serviço útil que justifique o seu custo e o profissional de contabilidade agregando valor ao seu trabalho, devendo cada um estar consciente, do papel que lhe compete no complexo processo de gestão empresarial, bem como estejam capacitados tecnicamente, dentro do limite de suas respectivas atribuições, para poderem solidariamente e de forma consciente, responderem positivamente aos desafios cada vez maiores nesse ambiente de extrema competitividade em que todos convivem.
Hermes Cavalcanti de Araújo
Bacharel em Contabilidade e Especialista em Controladoria pela Universidade Federal de Pernambuco
sábado, 22 de outubro de 2011
Pesquisa revela que inovação é prioridade estratégica nas empresas
Radar // Visão 360º da 3M sobre inovação
Gestão
Fonte: 3M
A inovação é uma das prioridades da maioria das empresas brasileiras, concluiu pesquisa realizada pela Innoscience Consultoria e o Instituto Euvaldo Lodi. Estudo realizado com cerca de 80 empresários e executivos durante um importante Congresso sobre o tema revelou que 91% dos entrevistados colocam a inovação entre as 10 maiores prioridades de sua companhia.
A pesquisa Estágio Atual da Gestão da Inovação foi feita durante 3° Congresso Internacional de Inovação. O levantamento retrata o cenário de inovação no ambiente corporativo no Brasil.
Entre os profissionais que crêem na inovação como uma necessidade estratégica, 24% a colocam como a prioridade número um. Destaque para o fato de que boa parte dos que se demonstram satisfeitos com os rumos de suas empresas no quesito inovação são justamente os que colocam o tema em primeiro lugar.
A maioria dos entrevistados (64%) se diz satisfeito com as atuais práticas e resultados da companhia em que trabalha. Entre estes, 57% colocaram a inovação entre suas três grandes prioridades.
Desafios
A pesquisa também aborda quais seriam os maiores desafios para inovar, na opinião dos empreendedores. Elementos como a cultura, lideranças e a preparação das pessoas são citados.
“Apenas 23% dos entrevistados identificam a existência de um ambiente favorável à proposição de idéias, baixa aversão a risco, e incentivos para inovar”, conclui o estudo. “Isso evidencia a necessidade de práticas para criar uma cultura de inovação”.
A pressão por resultados imediatos é apontada por 48% das pessoas como uma das maiores dificuldades a serem superadas no processo de incentivo à inovação. A criação de mais mecanismos de reconhecimento pelo sucesso de uma ideia inovadora é um desejo de 46%.
Etapas
Os pesquisadores também procuraram identificar em quais etapas do processo de inovação os profissionais viam mais dificuldades. Idealização e conceituação são vistas como mais fáceis do que a experimentação e a implementação. Mesmo no grupo dos mais satisfeitos com os resultados, 50% dizem que há mais obstáculos para implementar as soluções. Eles avaliam, pórém, que não faltam propostas criativas.
Saiba mais:
A íntegra do estudo está disponível para download gratuito no site Innoscience
Faça o download gratuito da pesquisa no link abaixo:
Innoscience
Gestão
Fonte: 3M
A inovação é uma das prioridades da maioria das empresas brasileiras, concluiu pesquisa realizada pela Innoscience Consultoria e o Instituto Euvaldo Lodi. Estudo realizado com cerca de 80 empresários e executivos durante um importante Congresso sobre o tema revelou que 91% dos entrevistados colocam a inovação entre as 10 maiores prioridades de sua companhia.
A pesquisa Estágio Atual da Gestão da Inovação foi feita durante 3° Congresso Internacional de Inovação. O levantamento retrata o cenário de inovação no ambiente corporativo no Brasil.
Entre os profissionais que crêem na inovação como uma necessidade estratégica, 24% a colocam como a prioridade número um. Destaque para o fato de que boa parte dos que se demonstram satisfeitos com os rumos de suas empresas no quesito inovação são justamente os que colocam o tema em primeiro lugar.
A maioria dos entrevistados (64%) se diz satisfeito com as atuais práticas e resultados da companhia em que trabalha. Entre estes, 57% colocaram a inovação entre suas três grandes prioridades.
Desafios
A pesquisa também aborda quais seriam os maiores desafios para inovar, na opinião dos empreendedores. Elementos como a cultura, lideranças e a preparação das pessoas são citados.
“Apenas 23% dos entrevistados identificam a existência de um ambiente favorável à proposição de idéias, baixa aversão a risco, e incentivos para inovar”, conclui o estudo. “Isso evidencia a necessidade de práticas para criar uma cultura de inovação”.
A pressão por resultados imediatos é apontada por 48% das pessoas como uma das maiores dificuldades a serem superadas no processo de incentivo à inovação. A criação de mais mecanismos de reconhecimento pelo sucesso de uma ideia inovadora é um desejo de 46%.
Etapas
Os pesquisadores também procuraram identificar em quais etapas do processo de inovação os profissionais viam mais dificuldades. Idealização e conceituação são vistas como mais fáceis do que a experimentação e a implementação. Mesmo no grupo dos mais satisfeitos com os resultados, 50% dizem que há mais obstáculos para implementar as soluções. Eles avaliam, pórém, que não faltam propostas criativas.
Saiba mais:
A íntegra do estudo está disponível para download gratuito no site Innoscience
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Innoscience
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Pepsi, dona do Toddy, enfrenta crise de imagem no Brasil
GESTÃO DA CRISE DE IMAGEM
Crise - Definição
Crises sempre aconteceram e sempre acontecerão. A preocupação das empresas com a prevenção e a gestão eficaz das crises é antiga. Porém, apenas na última década, a incorporação de modelos e métodos de prevenção e gerenciamento de crises passou a ser um assunto de pauta não só das grandes organizações como também das empresas de médio e pequeno porte. Ainda assim, muitas empresas não estão devidamente preparadas para enfrentar momentos de dificuldades, nos quais problemas internos podem vazar do controle da gestão e se transformar numa Crise de Imagem.
Todas as empresas estão sujeitas a cometer falhas, que podem causar danos a terceiros, sejam consumidores e usuários dos seus produtos e serviços, ou mesmo a pessoas que não têm relação direta com o seu negócio.
As falhas e os contratempos podem ser rapidamente resolvidos, mas também podem se transformar num problema de dimensões gigantescas, caso não sejam tratado de maneira adequada e imediata. Nesse momento, em que o problema toma proporções fora do controle, aparece o fenômeno da crise.
As pequenas falhas e erros cotidianos, não descobertos e controlados, podem gerar altos prejuízos à administração de uma organização.
Por outro lado, quando a empresa consegue agir rapidamente no sentido de limitar e controlar os danos e os prejuízos decorrentes dos erros que são cometidos dentro de seu ambiente, pode não só evitar perdas financeiras como minimizar o desgaste da sua reputação e da sua imagem corporativa.
Podemos dizer que “Crise é um conjunto de eventos inesperados, urgentes e indesejáveis que não permitem disponibilidade de tempo para pensar, organizar e planejar as ações apropriadas”.
Uma Crise pode atingir de forma negativa os produtos, colaboradores, comunidades, acionistas, o público em geral, ou mesmo a reputação ou a situação financeira da empresa. Nesse sentido qualquer fato ou problema que não seja bem administrado pode se transformar numa Crise de Imagem.
Enquanto a empresa puder administrar o problema sem que afete a opinião pública, podemos dizer que a Crise é de origem interna. Contudo, quando o problema passa a ser de interesse da mídia e do público em geral, estamos diante de uma Crise de Imagem.
Na maioria das vezes as crises ocorrem pela conjunção de diversas falhas de origem humana, física, tecnológica, ambiental, organizacional e de processo.
Gerenciando a Crise
Podemos dividir a Gestão da Crise em 3 etapas distintas:
• Preparando a empresa para a Crise
• Agindo durante a Crise
• Aprendendo com a Crise
Preparando a empresa para a Crise
Em primeiro lugar a empresa deverá conduzir palestras e programa de treinamento interno para os executivos e colaboradores de cada setor com o objetivo de mostrar os potenciais riscos existentes em suas áreas, ensinando como lidar e contornar os problemas.
É necessário também fazer exercícios e simulações de situação de emergência para treinar de forma prática os colaboradores, testando os métodos e cronometrando os tempos.
Uma auditoria interna deverá ser feita por profissionais especializados nos diversos locais e sites da empresa para identificar os riscos de falhas, problemas, acidentes e demais vulnerabilidades.
Por fim a empresa deverá criar um Comitê de Gerenciamento de Crise, formado por executivos e gestores das áreas de Marketing, Finanças, Industrial, Operações, Jurídica, Comercial, Recursos Humanos, incluindo consultores externos quando necessário. A chefia do comitê deve ser assumida pelo principal executivo da organização.
Principais responsabilidades do Comitê de Gerenciamento da Crise empresa (NEVES, 2002, p. 177-189):
• Conscientizar todos os colaboradores em relação aos efeitos de uma Crise
• Fazer uma varredura constante dos potenciais riscos previamente identificados
• Preparar planos de ações para eliminar os problemas e riscos encontrados
• Conduzir entrevistas, realizar visitas surpresas, auditorias e acompanhar as reclamações externas e internas
• Designar um Porta-Voz para lidar com a imprensa no momento da Crise
• Coordenar a Comunicação Empresarial durante a Crise, servindo com um alimentador de informações do porta-voz
• Elaborar Manual de Prevenção contemplando Planos de Emergência e de Contingência
• Definir o War Room (sala de guerra), local de gerenciamento da crise quando ocorrer
• Definir um centro de imprensa, local apropriado para receber e interagir com a imprensa durante a crise
• Definir um centro de atendimento, espaço destinado a receber clientes, consumidores, acionistas e demais públicos de interesse durante a crise, ou mesmo os parentes das vítimas na ocorrência de acidentes
• Preparar e manter atualizado um banco de dados com os nomes de todos envolvidos na gestão da crise, além de informações importantes como: nomes, telefones e e-mails de autoridades, responsáveis por instituições governamentais, órgãos públicos, jornalistas e pessoas de influência no meio da comunicação
Agindo durante a Crise
Durante a crise a empresa deverá colocar em prática tudo aquilo que foi previamente planejado na etapa anterior (NEVES, 2002, p. 200-209):
• Convocar imediatamente o Comitê de Gestão da Crise
• Identificar a Crise – o que ocorreu, aonde ocorreu, como ocorreu, quando ocorreu, qual a natureza do problema, quais são os públicos afetados, a extensão dos danos e vítimas, primeira avaliação da responsabilidade da empresa ( quem ), definir objetivos de curto-prazo ( exemplos: como as vítimas serão socorridas, como o vazamento será contido )
• Convocar o porta-voz de empresa e centralizar todo o fluxo de informações através desta pessoa
• Instalar o Centro de Imprensa
• Ir ao local do problema - o principal executivo ou sócio da empresa deve ir ao local do acidente ou do problema, pois demonstra a preocupação com o problema e com as vítimas
• Controlar o fluxo de informações – o que é boato, o que é fato ou verdade, o que pode ser dito, atualizando sempre as informações sobre o problema para a mídia. Não informar os nomes das vítimas até que sejam confirmadas. Após cada “press conference” emitir comunicados oficiais da empresa
• Ativar o War Room e a Central de Atendimento com linhas de telefone diretas para atender e informar as pessoas sobre os últimos acontecimentos relativos ao problema
• Posicionar rapidamente – abasteça a mídia com informações atualizadas e assumir logo a culpa se estiver quase certo
• Acionar a Comunicação Interna – a empresa deve comunicar-se rapidamente com os colaboradores. Sempre na frente do que é transmitido para a imprensa. Deve usar mensagens claras e manter o publico interno sempre abastecido de informações atualizadas Justifique as decisões e receba sugestões
• Avisar aos Públicos Interessados e Afetados – a empresa deve notificar rapidamente as pessoas que tiveram os seus interesses afetados
• Buscar parceiros e aliados – outros empresários, associações, etc.
• Estar preparado para falar com a Mídia
• Fazer as mudanças internas e externas para evitar que o problema não volte a ocorrer
• Acompanhar de perto a opinião pública – a empresa poderá reavaliar e fazer ajustes na estratégia adotada de acordo com a reação da opinião pública
• Criar um comitê para negociar a solução do problema – o comitê de negociação de agir sob a liderança do Comitê de Gestão da Crise, visando negociar impasses e danos ou prejuízos causados a terceiros
• Informar a imprensa os detalhes relativos às decisões tomadas pelo Comitê de Gestão da Crise
Aprendendo com a Crise
Quando uma crise mostra sinais que já se foi, está na hora da empresa parar e refletir sobre tudo que ocorreu, visando tirar as lições que a ajudarão na prevenção com relação a futuras crises.
Como reconhecer que a crise está caindo e perdendo a força? Podemos verificar alguns sintomas (NEVES, 2002, p. 227-229):
• Queda nos números de reclamações
• Queda no número de matérias sobre o tema na mídia
• Os boatos se dissipam
• O estresse interno diminui
• As negociações com os públicos que tiveram seus interesses afetados se desenrolam de forma mais suave
• O assunto mudou
• A opinião pública já não lembra muito do caso
Quando a Crise termina as principais tarefas da empresa são:
• Recuperar a sua imagem
• Usar os acertos e erros para aperfeiçoar o Sistema de Gerenciamento de Crise
Conclusão
Um bom Sistema de Gerenciamento de Crise não é fórmula garantida de sucesso, mas com certeza pode reduzir muito o risco de fracasso da gestão no momento de crise, minimizando os seus efeitos e desgastes na imagem institucional.
Bibliografia utilizada
Neves, Roberto de Castro – Crises empresarias com a opinião pública: como evitá-las e administrá-las – Rio de Janeiro: Mauad, 2002
Crises sempre aconteceram e sempre acontecerão. A preocupação das empresas com a prevenção e a gestão eficaz das crises é antiga. Porém, apenas na última década, a incorporação de modelos e métodos de prevenção e gerenciamento de crises passou a ser um assunto de pauta não só das grandes organizações como também das empresas de médio e pequeno porte. Ainda assim, muitas empresas não estão devidamente preparadas para enfrentar momentos de dificuldades, nos quais problemas internos podem vazar do controle da gestão e se transformar numa Crise de Imagem.
Todas as empresas estão sujeitas a cometer falhas, que podem causar danos a terceiros, sejam consumidores e usuários dos seus produtos e serviços, ou mesmo a pessoas que não têm relação direta com o seu negócio.
As falhas e os contratempos podem ser rapidamente resolvidos, mas também podem se transformar num problema de dimensões gigantescas, caso não sejam tratado de maneira adequada e imediata. Nesse momento, em que o problema toma proporções fora do controle, aparece o fenômeno da crise.
As pequenas falhas e erros cotidianos, não descobertos e controlados, podem gerar altos prejuízos à administração de uma organização.
Por outro lado, quando a empresa consegue agir rapidamente no sentido de limitar e controlar os danos e os prejuízos decorrentes dos erros que são cometidos dentro de seu ambiente, pode não só evitar perdas financeiras como minimizar o desgaste da sua reputação e da sua imagem corporativa.
Podemos dizer que “Crise é um conjunto de eventos inesperados, urgentes e indesejáveis que não permitem disponibilidade de tempo para pensar, organizar e planejar as ações apropriadas”.
Uma Crise pode atingir de forma negativa os produtos, colaboradores, comunidades, acionistas, o público em geral, ou mesmo a reputação ou a situação financeira da empresa. Nesse sentido qualquer fato ou problema que não seja bem administrado pode se transformar numa Crise de Imagem.
Enquanto a empresa puder administrar o problema sem que afete a opinião pública, podemos dizer que a Crise é de origem interna. Contudo, quando o problema passa a ser de interesse da mídia e do público em geral, estamos diante de uma Crise de Imagem.
Na maioria das vezes as crises ocorrem pela conjunção de diversas falhas de origem humana, física, tecnológica, ambiental, organizacional e de processo.
Gerenciando a Crise
Podemos dividir a Gestão da Crise em 3 etapas distintas:
• Preparando a empresa para a Crise
• Agindo durante a Crise
• Aprendendo com a Crise
Preparando a empresa para a Crise
Em primeiro lugar a empresa deverá conduzir palestras e programa de treinamento interno para os executivos e colaboradores de cada setor com o objetivo de mostrar os potenciais riscos existentes em suas áreas, ensinando como lidar e contornar os problemas.
É necessário também fazer exercícios e simulações de situação de emergência para treinar de forma prática os colaboradores, testando os métodos e cronometrando os tempos.
Uma auditoria interna deverá ser feita por profissionais especializados nos diversos locais e sites da empresa para identificar os riscos de falhas, problemas, acidentes e demais vulnerabilidades.
Por fim a empresa deverá criar um Comitê de Gerenciamento de Crise, formado por executivos e gestores das áreas de Marketing, Finanças, Industrial, Operações, Jurídica, Comercial, Recursos Humanos, incluindo consultores externos quando necessário. A chefia do comitê deve ser assumida pelo principal executivo da organização.
Principais responsabilidades do Comitê de Gerenciamento da Crise empresa (NEVES, 2002, p. 177-189):
• Conscientizar todos os colaboradores em relação aos efeitos de uma Crise
• Fazer uma varredura constante dos potenciais riscos previamente identificados
• Preparar planos de ações para eliminar os problemas e riscos encontrados
• Conduzir entrevistas, realizar visitas surpresas, auditorias e acompanhar as reclamações externas e internas
• Designar um Porta-Voz para lidar com a imprensa no momento da Crise
• Coordenar a Comunicação Empresarial durante a Crise, servindo com um alimentador de informações do porta-voz
• Elaborar Manual de Prevenção contemplando Planos de Emergência e de Contingência
• Definir o War Room (sala de guerra), local de gerenciamento da crise quando ocorrer
• Definir um centro de imprensa, local apropriado para receber e interagir com a imprensa durante a crise
• Definir um centro de atendimento, espaço destinado a receber clientes, consumidores, acionistas e demais públicos de interesse durante a crise, ou mesmo os parentes das vítimas na ocorrência de acidentes
• Preparar e manter atualizado um banco de dados com os nomes de todos envolvidos na gestão da crise, além de informações importantes como: nomes, telefones e e-mails de autoridades, responsáveis por instituições governamentais, órgãos públicos, jornalistas e pessoas de influência no meio da comunicação
Agindo durante a Crise
Durante a crise a empresa deverá colocar em prática tudo aquilo que foi previamente planejado na etapa anterior (NEVES, 2002, p. 200-209):
• Convocar imediatamente o Comitê de Gestão da Crise
• Identificar a Crise – o que ocorreu, aonde ocorreu, como ocorreu, quando ocorreu, qual a natureza do problema, quais são os públicos afetados, a extensão dos danos e vítimas, primeira avaliação da responsabilidade da empresa ( quem ), definir objetivos de curto-prazo ( exemplos: como as vítimas serão socorridas, como o vazamento será contido )
• Convocar o porta-voz de empresa e centralizar todo o fluxo de informações através desta pessoa
• Instalar o Centro de Imprensa
• Ir ao local do problema - o principal executivo ou sócio da empresa deve ir ao local do acidente ou do problema, pois demonstra a preocupação com o problema e com as vítimas
• Controlar o fluxo de informações – o que é boato, o que é fato ou verdade, o que pode ser dito, atualizando sempre as informações sobre o problema para a mídia. Não informar os nomes das vítimas até que sejam confirmadas. Após cada “press conference” emitir comunicados oficiais da empresa
• Ativar o War Room e a Central de Atendimento com linhas de telefone diretas para atender e informar as pessoas sobre os últimos acontecimentos relativos ao problema
• Posicionar rapidamente – abasteça a mídia com informações atualizadas e assumir logo a culpa se estiver quase certo
• Acionar a Comunicação Interna – a empresa deve comunicar-se rapidamente com os colaboradores. Sempre na frente do que é transmitido para a imprensa. Deve usar mensagens claras e manter o publico interno sempre abastecido de informações atualizadas Justifique as decisões e receba sugestões
• Avisar aos Públicos Interessados e Afetados – a empresa deve notificar rapidamente as pessoas que tiveram os seus interesses afetados
• Buscar parceiros e aliados – outros empresários, associações, etc.
• Estar preparado para falar com a Mídia
• Fazer as mudanças internas e externas para evitar que o problema não volte a ocorrer
• Acompanhar de perto a opinião pública – a empresa poderá reavaliar e fazer ajustes na estratégia adotada de acordo com a reação da opinião pública
• Criar um comitê para negociar a solução do problema – o comitê de negociação de agir sob a liderança do Comitê de Gestão da Crise, visando negociar impasses e danos ou prejuízos causados a terceiros
• Informar a imprensa os detalhes relativos às decisões tomadas pelo Comitê de Gestão da Crise
Aprendendo com a Crise
Quando uma crise mostra sinais que já se foi, está na hora da empresa parar e refletir sobre tudo que ocorreu, visando tirar as lições que a ajudarão na prevenção com relação a futuras crises.
Como reconhecer que a crise está caindo e perdendo a força? Podemos verificar alguns sintomas (NEVES, 2002, p. 227-229):
• Queda nos números de reclamações
• Queda no número de matérias sobre o tema na mídia
• Os boatos se dissipam
• O estresse interno diminui
• As negociações com os públicos que tiveram seus interesses afetados se desenrolam de forma mais suave
• O assunto mudou
• A opinião pública já não lembra muito do caso
Quando a Crise termina as principais tarefas da empresa são:
• Recuperar a sua imagem
• Usar os acertos e erros para aperfeiçoar o Sistema de Gerenciamento de Crise
Conclusão
Um bom Sistema de Gerenciamento de Crise não é fórmula garantida de sucesso, mas com certeza pode reduzir muito o risco de fracasso da gestão no momento de crise, minimizando os seus efeitos e desgastes na imagem institucional.
Bibliografia utilizada
Neves, Roberto de Castro – Crises empresarias com a opinião pública: como evitá-las e administrá-las – Rio de Janeiro: Mauad, 2002
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Marketing: Pegando carona nos eventos dos outros!
Algumas empresas sabem aproveitar muito bem acontecimentos e eventos de grande repercussão para lançar produtos e desenvolver campanhas que possam chamar atenção do público de maneira forte e imediata. Nesse caso, quanto mais rápida e inédita for a ação, maior a probabilidade de sucesso. Segue abaixo exemplos de duas empresas que aproveitaram acontecimentos importantes recém ocorridos (o possível veto a campanha da Hope com Gisele Bundchen e o falecimento de Steve Jobs) para desenvolver um produto promocional e para divulgar o lançamento da nova edição de uma revista.
Confira nessa matéria da Exame.com:
EXAME.COM
Publicidade | 07/10/2011 21:55
Playboy lança teaser brincando com comercial polêmico da Hope
Ação ensina às mulheres a forma correta de contar ao marido que está na capa da revista
Reprodução
A ex-BBB Cacau, capa da próxima edição, estrela o teaser
A revista Playboy divulgou nesta sexta-feira um teaser de 20 segundos com a ex-BBB Cacau, que terá seu ensaio publicado na edição de novembro, ensinando a maneira correta de contar ao marido que está na capa da publicação.
A ação faz alusão ao comercial da marca de lingerie Hope, criado pela Giovanni+Draftfcb e protagonizado pela top model Gisele Bundchen, que foi parar no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) após ser considerado sexista pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, que acionou o órgão, além de receber críticas de consumidores.
Fonte: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/playboy-lanca-teaser-brincando-com-comercial-polemico-da-hope
Veja também esse anúncio de e-mail marketing da Sportfield:
Sem querer entrar na questão ética, o propósito dessa publicação é o de apenas chamar atenção para deteminadas táticas de comunicação e de vendas oportunísticas utilizadas de forma a criar um rápido reconhecimento do produto e da marca gerando o que hoje chamamos de marketing viral.
To do or not to do, this is another question!
Confira nessa matéria da Exame.com:
EXAME.COM
Publicidade | 07/10/2011 21:55
Playboy lança teaser brincando com comercial polêmico da Hope
Ação ensina às mulheres a forma correta de contar ao marido que está na capa da revista
Reprodução
A ex-BBB Cacau, capa da próxima edição, estrela o teaser
A revista Playboy divulgou nesta sexta-feira um teaser de 20 segundos com a ex-BBB Cacau, que terá seu ensaio publicado na edição de novembro, ensinando a maneira correta de contar ao marido que está na capa da publicação.
A ação faz alusão ao comercial da marca de lingerie Hope, criado pela Giovanni+Draftfcb e protagonizado pela top model Gisele Bundchen, que foi parar no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) após ser considerado sexista pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, que acionou o órgão, além de receber críticas de consumidores.
Fonte: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/playboy-lanca-teaser-brincando-com-comercial-polemico-da-hope
Veja também esse anúncio de e-mail marketing da Sportfield:
Sem querer entrar na questão ética, o propósito dessa publicação é o de apenas chamar atenção para deteminadas táticas de comunicação e de vendas oportunísticas utilizadas de forma a criar um rápido reconhecimento do produto e da marca gerando o que hoje chamamos de marketing viral.
To do or not to do, this is another question!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Steven Jobs - O mundo perde um empreendedor inovador que revolucionou a nossa vida!
Hoje o mundo perde uma estrela. Um empreendedor de sucesso que revolucionou a nossa forma de viver. Steven Jobs é referência em inovação. Uma pessoa que soube como ninguém usar as ferramentas de marketing para criar produtos diferenciados, uma marca valiosa, que pudesse suportar preços superiores e uma empresa que está em constante processo de ebulição. Para ser justo com Steven Jobs é necessário fazer um paralelo com Bill Gates, criador da Microsoft. Embora os dois possam ser considerados gênios e bilionários, não podemos deixar de reconhecer o mérito diferencial de Jobs. Steven Jobs criou o PC (personal computer) numa época em que o computador era uma máquina realmente gigante, de preço quase inacessível para pequenas empresas, dominada por especialistas cibernéticos, programadores e analistas de sistemas. Esses grandes computadores não conseguiam atender de maneira satisfatória às necessidades dos usuários internos das organizações. No final dos anos 70 surge o PC para facilitar a vida do pequeno e médio empresário, chegando posteriormente a invadir os lares de todo o mundo. Enquanto Steven Jobs focou sua empresa na criação de produtos (hardwares) com marca e design diferenciados, Bill Gates criou um sistema operacional que facilitou de maneira surpreendente o acesso aos microcomputadores, com uma linguagem de fácil assimilação. O grande mérito de Steven Jobs é ter conseguido o sucesso de sua empresa Apple com produtos inovadores, que passaram a ser objeto de desejo de uma gama diversificada de consumidores em todo o mundo. E isso não é algo fácil, num mundo altamente competitivo que oferece produtos similares a preços bastante reduzidos. A Apple lançou muitos produtos que caíram nas graças do público: Macintosh, Ipod, Iphone, Ipad, Ibook, Macbook Air, etc.
Já Bill Gates criou o Windows, o sistema operacional adotado por quase todas as marcas de micros em todo mundo. Bill Gates conseguiu criar uma barreira de entrada tão forte que foi considerada por muitos como uma espécie de monopólio de mercado. Era difícil rodar um programa no micro se o sistema operacional não fosse o Windows. O maior esforço de Bill Gates foi tentar conter o uso pirata de seu produto. As inovações do Windows aconteciam quase sempre como uma forma pressionar as pessoas a mudarem de sistema para poder continuar rodando os seus programas. Evolução do Windows: Windows 95, Windows 98, Windows ME, Windows XP, Windows 7, etc. Embora sistemas alternativos como Linux estejam disponíveis no mercado, ainda hoje a forte dependência dos micros ao Windows trouxe um vantagem competitiva incomensurável para a Microsoft fazendo com que figure na lista de empresas e marcas de maior valor do mundo. Já Steven Jobs sempre teve que competir muito e sempre. A principal arma competitiva da Apple foi o design de seus produtos e a força de sua mensagem publicitária. Cada lançamento da Apple é aguardado por todos como uma grande inovação, mesmo que as mudanças sejam de pequeno porte como o novo Iphone 4 S.
Sem ter a pretensão de fazer comparações injustas quero aqui registrar o meu pesar pela despedida de Steven Jobs de nosso convívio e minha profunda admiração pelo profissional de marketing de mão cheia que ele foi. Acho mesmo que nesse momento Steven Jobs deve estar analisando o ambiente mercadológico no paraíso para lançar em breve uma nova linha de produtos que irá revolucionar o mercado celeste: IHeaven ou ISky.
sábado, 1 de outubro de 2011
Artigo publicado no Livro RH Positivo - editora Qualitymark
MARKETING PESSOAL – ENFOCANDO O “EU” PRODUTO.
Artur Reis
Conceito de Marketing Pessoal
O termo Marketing Pessoal tem sido largamente empregado no Brasil nos últimos anos, como sinônimo de dicas de etiqueta e aparência pessoal visando melhorar a imagem das pessoas para se alcançar o sucesso profissional. Dentro deste enfoque muitos livros e revistas surgiram para tentar explicar a receita do sucesso de pessoas que conseguiram vencer na vida.
Contudo, a abordagem do Marketing Pessoal eminentemente cosmética deu lugar ao uso das técnicas de planejamento orientadas para os indivíduos que desejam alcançar o sucesso na vida profissional com base nas ferramentas do marketing tradicional.
Podemos então dizer que Marketing Pessoal é a utilização das ferramentas e técnicas de Marketing visando o desenvolvimento profissional e o bem-estar pessoal. Neste sentido devemos tentar o enxergar o produto que existe em cada um de nós. Devemos nos ver como um produto, o “EU” produto. Este produto de alguma forma tem uma utilidade e atende às necessidades, aspirações e desejos da sociedade aonde vivemos.
Felicidade em Tempos Difíceis
Desde que o mundo existe e a raça humana foi criada, o homem tem se esforçado na busca pela felicidade. Contudo, vivemos num mundo conturbado, altamente competitivo, marcado por um índice elevado de concentração de renda e impregnado pela violência. Fica cada vez mais difícil obter-se uma boa colocação dentro de um ambiente tão desfavorável. As pessoas são cada vez mais exigidas no que tange às competências necessárias para conseguir uma oportunidade de trabalho.
Será possível ser feliz num ambiente hostil como este?
Em primeiro lugar é preciso entender o que é a felicidade para o homem. Para alguns é a própria sobrevivência, para outros é ganhar muito dinheiro, ficar rico, possuir muitos bens, obter poder e status. Muitos pensam que a felicidade está associada à beleza e à aparência física. Já para certas pessoas a felicidade é ter paz de espírito, saúde, um lugar tranqüilo para morar e uma família para cuidar.
Mas há gente que acredita que a felicidade é ter amigos, jogar conversa fora e tomar uma cervejinha nos finais de semana. Entretanto, enquanto muitas pessoas acham que só sentirão felizes quando forem reconhecidas publicamente, com seus nomes e fotos estampados nas colunas sociais, tornando-se famosas e passando ao status de celebridade, outros acham que ser feliz é apenas poder levar uma vida simples, saindo na rua para passear sem ser reconhecidos. E por que os homens pensam tão diferente com relação à fórmula ideal da felicidade? A resposta reside nas diferenças que existem entre ser humano. E essa é uma verdade irrefutável: os homens são diferentes, são influenciados pelos seus diferentes hábitos e cultura. Agem de forma diferente. Pensam diferente, têm necessidades, aspirações e desejos muito diferentes.
No fundo no fundo, a busca pela felicidade está ligada ao alcance dos objetivos pessoais e profissionais de cada pessoa, embora isto não garanta a felicidade plena de todos nós. Como forma de simplificação vamos chamar a felicidade de “sucesso”.
Se o sucesso é distinto para cada pessoa, os caminhos que devemos trilhar para chegar lá também devem ser diferentes. Assim como as empresas e os produtos vencedores atendem às necessidades e os desejos dos mercados em que atuam, é importante que as pessoas descubram o papel que devem exercer neste mundo; que saibam identificar à sua função na sociedade em que vivem se quiserem ter sucesso. É imprescindível ter uma missão pessoal e levá-la adiante.
Características dos Vencedores
Quando olhamos para as pessoas que se destacaram em nosso mundo, conseguindo atingir os seus objetivos pessoais e profissionais, é comum acreditar que foram auxiliados pela sorte e abençoados por Deus. Muitos não conseguem enxergar todo o esforço empreendido por estas pessoas no alcance de seus objetivos.
Vamos enumerar algumas pessoas que venceram em suas áreas de atuação, ocupando um lugar de destaque em nossos corações através de caminhos, muitas vezes, diametralmente opostos:
Aírton Sena – Campeão de Fórmula
Pelé – Jogador de Futebol
Paulo Coelho – Compositor e Escritor
Madre Tereza - Benfeitora
Charles Chaplin – Compositor, Cineasta e Ator de Cinema
Jorge Amado – Escritor
Gilberto Freyre – Sociólogo e Escritor
Gisele Bunchen – Modelo Internacional
Herbert de Souza, “Betinho” – Escritor, Abraçador da Causa da Justiça Social
Stephen Hawkings – Deficiente e Cientista
Bill Gates – Empresário, Homem mais Rico do Mundo
Roberto Marinho – Jornalista e Empresário
Martin Luther King Jr. – Mártir e Lutador pela Igualdade Racial
Luis Inácio da Silva, “Lula” – Ex-metalúrgico e Presidente da República
Estas pessoas, apesar de suas deficiências, limitações e dificuldades, como grave enfermidade, pobreza, falta de educação e cultura e idade avançada, souberam construir os caminhos que os levaram ao sucesso.
Podemos tentar identificar algumas das características que estiveram presentes na trajetória destas pessoas:
- Todos tinham um sonho, uma causa, um objetivo pelo qual viviam
- Acreditavam que eram capazes de realizar este “sonho” ou objetivo
- Identificaram em si os talentos e as habilidades necessárias para a realização de seus objetivos
- Conseguiram enxergar as oportunidades e os caminhos para levar a sua missão adiante
- Souberam ter perseverança e dedicação na luta por seus objetivos
- Se esforçaram ao máximo na consecução de suas metas
- Tiveram a paciência de esperar, o discernimento de saber recuar e a capacidade de avançar nos momentos importantes para seguir sempre em frente em suas caminhadas
Fica então a dúvida: será que somos capazes de construir o nosso futuro e planejar o sucesso?
O Marketing Pessoal é um instrumento de grande valia que serve para ajudar as pessoas na preparação e no planejamento necessário para atingir os objetivos profissionais e pessoais. A utilização do Marketing Pessoal envolve:
- Aprender a estabelecer metas e definir estratégias
- Conhecer as habilidades, competências, fraquezas e deficiências
- Saber enxergar as oportunidades e ameaças
- Desenvolver um diferencial, destacar-se dos demais
- Criar a sua marca pessoal
- Projetar a auto-imagem
- Estabelecer relacionamentos duradouros
Fazendo uma Auto-análise
Todo ser humano é dotado de um potencial incomensurável de realização, que pode ser traduzido em competências, habilidades e forças. Alguns conseguem precocemente detectar esse potencial e colocá-lo à sua disposição para atingir os seus objetivos na vida. Outros apenas são capazes de enxergar suas deficiências, falhas e limitações e acreditam que não poderão chegar muito longe.
O objetivo da auto-análise é tentar fazer com que as pessoas possam identificar em si próprias as competências, os talentos, os dons, as habilidades que possuem, e que poderão ser desenvolvidas, lapidadas ou até mesmo, construídas. Algumas habilidades e talentos são inatos. Uma vez identificados poderão ser melhor explorados, através do aperfeiçoamento e do desenvolvimento. Muitas competências podem ser adquiridas através do tempo, no acúmulo da experiência profissional e na vivência social. Um indivíduo que possua mais habilidades que outro, devido à sua pouca idade, pode não ter conseguido ainda acumular competência e conhecimento prático em determinadas áreas.
A auto-análise pode ser feita com ajuda de profissionais ou de amigos que têm uma visão exógena à minha própria pessoa.
Algumas perguntas chaves que poderão ser feitas para identificação de nossas forças?
- Quais são as minhas competências e habilidades?
- Que talentos, dons eu tenho?
- Que conhecimentos e experiências pude adquirir em minha trajetória profissional e social?
- Em que me sobressaio dos demais?
- Como posso aperfeiçoar ou desenvolver melhor as minhas habilidades?
- Como posso complementar as minhas qualificações?
- Como posso adquirir novas competências e experiências?
No mundo competitivo em que vivemos, algumas características e competências passam a ser quase imprescindíveis para qualquer profissional moderno não importa o seu ramo de trabalho: iniciativa, conhecimento em diversas áreas, inteligência emocional, facilidade de comunicação, capacidade de adaptação constante, liderança e apresentação pessoal.
A tarefa, talvez, mais difícil é conseguir aceitar e entender as nossas falhas e nossas limitações. Alguns defeitos e deficiências são difíceis de se esconder para o mundo exterior. Mas, por uma questão de autodefesa as pessoas, muitas vezes, se recusam a enxergá-los. Podemos passar a vida inteira sem ao menos tentar corrigí-los, porque não tivemos coragem de enfrentá-los. Por outro lado, as pessoas podem não ter a coragem de nos revelar. E quantas oportunidades poderemos ter perdidos nesta vida em função de algumas limitações ou nossos defeitos que poderiam ter sido corrigidos ou melhorados?!
Na verdade, o objetivo de se fazer uma introspecção em direção às nossas limitações, é o de compreender como elas poderão dificultar os esforços envidados para alcançar os nossos objetivos.
Nem sempre é necessário eliminar os nossos pontos fracos. Devemos, contudo, saber reconhecer os defeitos, aprendendo a conviver melhor com eles e descobrir os meios necessários para superá-los e reduzir os seus efeitos negativos em nossa caminhada rumo ao sucesso. Alguns defeitos, considerados congênitos ou que adquirimos ao longo de nossa vida, podem ser resolvidos através da medicina moderna, seja via cirurgia plástica ou mesmo através de tratamentos especializados. Uma pessoa, por exemplo, que tem problemas de dicção ou gagueira, poderá se tratar com um Fonoaudiologista ou Logopedista.
Perguntas chaves:
§ Quais são as falhas, fraquezas e limitações que consigo identificar em mim?
§ Será que existe algo de ruim pelo qual sou conhecido ou pelo qual os outros me vêem? Eu deixo que as pessoas revelem os meus defeitos?
§ Em que aspectos acredito que sou fraco em comparação aos demais ou em relação as pessoas que poderão estar concorrendo comigo em determinadas situações?
§ Quais defeitos poderão ser eliminados ou superados?
Avaliando as Oportunidades e Ameaças
Podemos falar de crises, dizer que economia atual está recessiva, o desemprego está alto e a exigência do mercado de trabalho está cada vez mais absurda. Enquanto uns apenas vêem as ameaças que se apresentam, outros ocupam o seu tempo em visualizar as oportunidades que aparecem todos os dias. Apesar de tudo de ruim que podemos escutar nos noticiários, os empregos continuam sendo oferecidos, novas empresas são abertas, pessoas acumulam fortunas, novas idéias são colocadas em prática e alguém se torna uma celebridade. Infelizmente poucos conseguem antever as oportunidades e quando estas chegam não estão preparados para tirar proveito. Um jornalista conhecido disse que as pessoas só vêem o que todo mundo consegue ver. Ou seja, poucos são capazes de apostar no futuro. Um bom exemplo dessa máxima é que as pessoas apostam na bolsa exatamente quando as ações estão em alta. Todos acham que poderão ganhar um pouco mais e seguem a multidão. E é no momento da alta, que devemos nos desfazer das ações.
Saber olhar para o futuro e avistar as oportunidades e ameaças é um exercício que requer o acompanhamento contínuo com relação ao que está ocorrendo nos ambientes econômico, político, social, tecnológico, etc. Para isso podemos recorrer à leitura de diversas publicações, pesquisar na internet, assistir a palestras de experts em determinadas áreas, acompanhar os noticiários e telejornais, rádio e até mesmo, conversar com amigos que detêm maior conhecimento e experiência em áreas que não conhecemos bem. Enfim devemos estar sempre atualizados em relação ao que está ocorrendo no Brasil e no mundo.
Perguntas chaves que poderão ser feitas nesta etapa:
- Que setores estão em crescimento ou têm potencial para crescer no futuro? E quais apresentam tendência de queda ou já estão saturados?
- Quais são as novidades e tendências que se apresentam na economia, na política, no ambiente social, tecnológico e demográfico, etc.?
- Quais profissões estão sendo ascensão? E quais são as que estão com o risco de extinção?
- Em que áreas as empresas não conseguem profissionais qualificados para atender às suas necessidades?
- Aonde o governo ou o capital privado deverá investir em termos de tecnologia?
- Em que setores o governo deverá fazer cortes de investimentos?
- Em que regiões ou cidades existe maior procura por profissionais qualificados?
- Quais habilidades e qualificações são exigidas para os profissionais atuais e futuros? Que perfil profissional está sendo requisitado?
Se conseguirmos antever as oportunidades e entender bem as ameaças que estão por vir, poderemos direcionar melhor os nossos esforços e escolher com maior precisão os caminhos que nos ajudarão a alcançar as nossas aspirações.
Desenvolvendo um Diferencial
Geralmente as pessoas são reconhecidas pelas suas principais competências, qualificações e habilidades, ou mesmo pelos seus principais defeitos e falhas. Estas características, positivas ou negativas, poderão ser associadas à nossa imagem.
Exemplos de algumas características pessoais que marcam a imagem de determinadas pessoas:
- São prestativos, sempre prontos a ajudar ao próximo
- São comunicativos
- São otimistas, sempre de bem com a vida
- Sabem receber bem os amigos
- Sabem escutar
- Têm talentos especiais: sabem cantar, tem inclinação para música, sabem contar piadas, escrever, compor, recitar, etc.
- Falam diversos idiomas
- São austeros ou rígidos
- São honestos, inspiram confiança
- Têm conhecimento profundo “expertise” em assuntos e áreas específicas
- Sobressaem em algum esporte ou jogos que praticam regularmente: futebol, tênis, squash, golfe, vôlei, xadrez, dardos, tiro ao alvo, etc.
- Sabem se vestir bem e cuidar da aparência
- Possuem características físicas que chamam a atenção: beleza, força, tamanho e altura, velocidade, raciocínio lógico e inteligência superior, timbre de voz marcante, boa memória, etc.
Todas as pessoas podem alavancar suas principais características e habilidades para se destacar das demais. Se for necessário, podem também desenvolver e construir algumas competências que servirão para torná-los diferenciados e únicos na lembrança de que os conhece. E neste ponto é fundamental lembrar que todo mundo nunca esquece os primeiros. O mundo sempre lembrará daqueles que foram os primeiros em algo nesta vida. Todos nós podemos lutar para ser o primeiro e nos tornar conhecidos em qualquer coisa nesta vida. Podemos ser o primeiro em nossa casa, na nossa família, em nosso condomínio, no clube, na igreja, no bairro na escola, na universidade, no trabalho, na cidade, no Brasil ou no mundo. Podemos lutar e nos dedicar com afinco para ser o primeiro e podemos até nunca chegar lá, mas com certeza teremos avançados bastante para nos destacar e nos colocar numa posição privilegiada dos demais.
Criando uma Marca Pessoal
Até que ponto o nome de uma pessoa pode ajudá-lo à vencer na vida. Ao nos depararmos com pessoas famosas, existe uma certa tendência de achar que o nome de família, com certeza abriu as portas para o sucesso desta pessoa. O nome pode até ajudar, mas a cobrança por parte da sociedade, em função do nome, também é muito mais elevada. Por isso mesmo alguns filhos de artistas famosos preferem utilizar outro cognome para deixá-los mais à vontade em percorrer os caminhos da fama.
Na verdade muitos nomes de pessoas, que antes eram totalmente desconhecidos, passam a ser referência, devido ao prestígio e o sucesso das pessoas que os receberam. Podemos então dizer que a pessoa faz a sua marca. A marca de um produto ou de uma empresa é um dos maiores patrimônios que ela poderá ter. Ainda assim, o tempo necessário para se construir uma marca depende de muitos fatores e principalmente, dos investimentos que a empresa faz na divulgação e no Marketing institucional. A questão chave desta etapa é saber construir a nossa marca pessoal e fazer com que ela seja reconhecida e lembrada por todos que nos rodeiam.
Muitas pessoas são insatisfeitas com os seus nomes e acabam mudando ou utilizando nomes artísticos. Exemplos de pessoas cujos nomes forma alterados: Jorge Ben, Glória Menezes, Lima Duarte. Outros são conhecidos pelos seus apelidos: Xuxa, Lula, Bill Gates, Duda Mendonça, Pelé, etc. O certo é que o nome pode se transformar numa marca que nos ajudará a nos diferenciar dos demais.
O primeiro ponto é escolher o nome pelo qual queremos ser conhecidos e lembrados por todos. Quanto menor for o nome ou a marca, mais facilmente as outras pessoas poderão lembrar. Após escolhermos a nossa marca, devemos posicioná-la junto às pessoas que nos conhecem e que nos são apresentadas em nosso dia a dia.
Dicas úteis:
- Usar o cartão de visita com o seu nome ( marca )
- Ao ser apresentado sempre enfatizar o seu nome
- Corrigir com respeito e tranqüilidade, quando uma pessoa não o tratar pelo o seu nome correto, ou pelo nome o qual você não quer ser reconhecido
- Utilizar materiais de apoio, como etiquetas adesivas, camisetas, bonés, e-mails e websites para divulgar a sua marca.
- Manter a paciência, pois o tempo pode parecer longo, mas aos poucos todos nós seremos reconhecidos e lembrados pela nossa marca
Projetando a Imagem
A imagem de uma pessoa é o reflexo de sua alma. Não podemos comprar uma boa imagem, mas podemos direcionar os nossos esforços para construir uma imagem positiva. Todavia, a imagem deverá ser coerente com aquilo que realmente acreditamos e que praticamos. Não podemos projetar uma imagem inconsistente com o nosso perfil.
A nossa imagem é construída através da percepção criada na mente das pessoas em função de elementos como:
- Habilidades, competência e talentos
- Defeitos, falhas e deficiências
- Atitudes, ações e obras realizadas
- Conquistas, feitos e méritos recebidos
- Aparência e apresentação pessoal
Da mesma forma que um produto utiliza a embalagem e o seu rótulo como apelo para atrair os consumidores e se destacar dos concorrentes, a nossa aparência e a apresentação pessoal podem ser usadas para fortalecer a nossa imagem e nos diferenciar dos demais.
Algumas recomendações básicas que podemos adotar para fortalecer a nossa imagem:
- Ter o comportamento e atitude coerente com as nossas idéias e crenças, sempre amoldados ao contexto social ou profissional em que estamos inseridos
- Ser otimistas e positivos, pois ninguém quer a companhia de pessimistas e profetas do apocalipse
- Cuidar da nossa aparência e apresentação pessoal, escolhendo cuidadosamente as roupas e os acessórios utilizados de acordo com a imagem que queremos projetar de nós mesmos
- Reconhecer as nossa falhas e defeitos que mais incomodam os nosso amigos e nos esforçar para tentar mudá-los ou eliminá-los
- Preparar um bom currículo
- Ser organizado
- Ser pontual e não faltar aos compromissos assumidos
- Achar prazer no que fazemos
- Vender bem a nossa imagem
- Cuidado ao tentar “quebrar” convenções para não parecer excêntrico, pois as pessoas seguem àqueles, cuja liderança já é consolidada, de fato ou de direito
Estabelecendo Metas, Estratégias e Planos de Ações
Muita gente passa a vida inteira sem saber aonde quer chegar. Se deixa levar pelos ventos errantes ou pela calmaria do mar. O certo é que nem sempre estamos preparados para enfrentar as tempestades que cruzaremos em nossas jornadas. Nem tampouco estamos prontos para pegar carona nas ondas do mar que poderão nos conduzir ao sucesso. De que adianta estar perto de uma grande onda, se não sabemos “surfar” e se não temos a prancha, instrumento imprescindível para navegar nas grandes ondas.
Muitos atribuem o sucesso, ao encontro da sorte com a competência. Podemos perseguir a sorte através da identificação das oportunidades e nos desviando das ameaças. E, é possível desenvolver as competências e habilidades necessárias para aproveitar as oportunidades que nos são oferecidas em nossa vida.
Para planejar o nosso futuro, devemos, em primeiro lugar, entender o que é felicidade para nós. É preciso saber quais são os nossos princípios, nossas crenças e valores. Qual é o estilo e filosofia de vida que queremos levar? Dentro desta nossa visão, é preciso saber aonde queremos chegar. O que queremos ser? Não importa a nossa idade, a nossa profissão, ou mesmo a nossa posição. Sempre queremos alcançar novos horizontes e atingir novas conquistas. É preciso definir claramente os nossos objetivos e estabelecer as metas a serem alcançadas em longo prazo. Sabemos que para atingir as metas de longo prazo é preciso galgar posições intermediárias, definindo também metas de curto-prazo que nos ajudarão a chegar ao nosso objetivo final pretendido. As metas devem ser estabelecidas dentro de um critério de exeqüibilidade, com datas previamente definidas.
Podemos citar o exemplo do José de Souza, uma pessoa recém contratada para trabalhar como assistente de contabilidade numa empresa de grande porte. O seu objetivo profissional é atingir o posto de Gerente Financeiro. José sabe que, antes de alcançar o cargo gerencial, é necessário passar pela função de assistente sênior, assumir futuramente o cargo de Supervisor, e, se tudo der certo, ser promovido finalmente ao cargo de Gerente Financeiro. Para preparar o seu plano de carreira profissional, José poderá estabelecer prazos para alcançar cada uma das metas intermediárias até chegar ao objetivo final: ser gerente. Ele sabe que terá que competir com os colegas de trabalho e deverá enfrentar muitas dificuldades pelo caminho. Uma das tarefas mais importantes no momento do planejamento é saber levantar o perfil do profissional que está apto a assumir a função de Gerente Financeiro. Quais deverão ser as competências, habilidades e conhecimentos necessários para este cargo? Algumas habilidades ele já possui, mas deve desenvolvê-las. Contudo, por ser novo na empresa, José deverá adquirir outras competências ao longo de sua carreira. Através de uma metodologia simples, José poderá verificar os GAP´s (lacunas) existentes entre seu perfil atual e o perfil requisitado para o cargo de Gerente Financeiro. A partir daí, poderá traçar as metas e estabelecer os caminhos necessários para adquirir tais competências e habilidades adicionais, fundamentais para alcançar suas metas. Os objetivos são marcos que norteiam a nossa caminhada e poderão ser alterados e ajustados às oportunidades e ameaças que aparecem no decorrer do tempo. Portanto, é possível que José possa aproveitar uma oportunidade que aparecerá numa outra empresa, tentando encurtar o caminho para chegar a sua meta de Gerente Financeiro.
Questões chaves desta etapa:
- Quais são os nossos objetivos profissionais e pessoais (metas)? O que queremos ser e o que desejamos ter?
- Quando acreditamos que teremos condições de alcançá-los (prazos)?
- Que caminhos são necessários percorrer para chegar às metas traçadas (estratégias)?
- Como poderemos trilhar esses caminhos? Que etapas e passos serão necessários dar para chegar lá (plano de ações). Que habilidades, competências e qualificações são fundamentais para atingir aos nossos objetivos? Quais defeitos e deficiências devemos eliminar para conseguir atingir as nossas metas?
- As nossas metas são factíveis? Temos ou poderemos construir as qualificações e competências necessárias para chegar lá.
A diferença entre a persistência e a teimosia é muito tênue. É importante saber distinguir entre a nossa real capacidade de atingir um determinado objetivo e o sonho de realizar algo que sempre será impossível.
Dicas importantes:
- Utilize alguém de sucesso como referência para ajudar na análise do perfil e no levantamento das habilidades e competências necessárias (benchmarking).
- Verifique todas as opções estratégicas que poderão ser consideradas e escolhidas para atingir os objetivos.
- Revise constantemente o seu plano, ajustando os prazos e alterando os caminhos que levam às suas metas.
- Analise bem e saiba explorar às suas habilidades e capacidades. E não se deixe abater pelas derrotas. Com esforço e dedicação sempre poderemos vencer os desafios chegar onde queremos.
Construindo Relacionamentos Duradouros
Estamos na era do relacionamento. Um dos maiores desafios das empresas é estabelecer relacionamentos estreitos e duradouros com seus clientes, fornecedores, colaboradores, consumidores, usuários, parceiros e constituintes. O objetivo final é conhecer e fidelizar os diversos públicos que interagem com as organizações.
No campo do Marketing Pessoal podemos dizer que devemos saber aprender a construir relacionamentos que tenham força e resistam às intempéries. Quanto maior o círculo de amizade de uma pessoa, maiores são as suas chances de obter sucesso. As oportunidades são oferecidas, em primeiro lugar, à quem lembramos, geralmente aos nossos amigos. Construir relacionamentos e amizades depende de nossa disposição de saber ceder para receber.
Dicas importantes:
- Afilie-se a alguma associação, ou organização de cunho social e profissional
- Saiba construir novas amizades e preservar os seus atuais amigos
- Procure enxergar sempre o lado positivo das pessoas
- Saiba entender as falhas e deficiências dos amigos
- Ajude, sempre que puder, as pessoas sem esperar nada em troca
- Trate sempre bem todas as pessoas. Seja cortês e educado com todo mundo, as pessoas saberão valorizá-lo
- Organize bem a sua agenda e os seus compromissos
- Prepare um banco de dados com informações importantes sobres as pessoas com quem relaciona: amigos, companheiros, clientes, fornecedores, etc, incluindo nome, endereço, telefone, e-mails, datas de aniversários, nomes da esposa e filhos, time que torcem, etc
- Utilize as informações do banco de dados para estabelecer contatos freqüentes com as pessoas, e principalmente seus amigos
- Compareça aos eventos sociais e profissionais relacionados à sua área de interesse pessoal e profissional
- Esteja sempre atualizado com relação ao que está acontecendo
- Deixe que seus amigos o conheça e conheça bem os seus amigos
Conclusão
Por mais que tentemos planejar meticulosamente cada passo que daremos em nossa vida, a vida mostrará que os caminhos são mais longos e tortuosos do que poderíamos pressupor. Então, resta-nos uma indagação: porquê nos preocupar em tentar conduzir o nosso futuro? Porquê não deixá-lo nos conduzir? Por que não aguardar que os improvisos do destino se descortinem paulatinamente e nos revelem os segredos de nosso futuro incerto? A verdade é simples: nós influenciamos o nosso próprio futuro. A partir do momento em que uma pessoa realmente acredita que poderá alterar o seu destino, ela poderá mover montanhas para fazê-lo. Entretanto, não adianta só querer mudar. Não adianta só querer ser um vencedor. É necessário agir como um vencedor! Temos que andar e correr, sempre na direção certa. Mas, como não desviar às nossas atenções com tudo àquilo que aparece em nossos caminhos. Como não cair em tentação e nos deixar seduzir pelas artimanhas do destino. E é neste ponto, que um bom planejamento serve para nos guiar. Serve para nos orientar na busca constante em direção ao nosso norte.
Não podemos evitar que os caminhos nos levem para mares nunca dantes navegados. Não podemos evitar que os mares nos levem para ondas nunca antes “surfadas”. Mas, com certeza, o planejamento nos ajudará a entender melhor às nossas aspirações e a compreender profundamente aonde queremos chegar. E o Marketing Pessoal, sem dúvida alguma, será um instrumento de grande valia no sentido de ajudar a encurtar o tempo necessário para alcançar os nossos destinos, mostrando-nos como nos diferenciar e nos destacar, de uma multidão de pessoas que também querem chegar a algum lugar. Usando as técnicas do Marketing Pessoal, poderemos aprender a nos ver como um produto, compreendendo melhor os atributos que temos dentro de nós, com o objetivo de desempenhar com maestria o papel que nos foi dado de servir à sociedade em que vivemos, para encontrar, finalmente, o nosso quinhão de felicidade.
“Nunca seremos perfeitos, mas a busca contínua pela perfeição é que nos faz sempre prosseguir na superação de nossos limites e nos aproximar cada vez mais do Criador”. Artur Reis.
Notas sobre o Autor:
Economista pela PUC do Rio de Janeiro, Master in Business Administration pela St. Mary´s University of San Antonio – Texas. Professor de vários cursos de Pós-Graduação de entidades como FCAP-UPE, FAFIRE, UFPE e CEDEPE. Sócio e Diretor Executivo da New Ways Consultoria e Treinamento. Foi executivo e gerente de Marketing das empresas Tintas Coral, Kibon-Sorvane, Pepsi-Cola, Gillette e Texaco.
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