Amigos, estou transcrevendo um artigo muito interessante escrito por Alcides Mafra e publicado no website PhotoChannel. O artigo traz dicas importantes para os profissionais do ramo da fotografia que querem se projetar alavancando a sua marca pessoal. Como está muito bem ilustrado na entrevista com o fotógrafo Luciano Melo, saber se posicionar é fundamental. Ou seja, se alguém quer ser reconhecido como "o bom" numa determinada área é preciso ter foco. Ser bom em tudo é difícil. E só se alcança uma determinada notoriedade depois de algum tempo de profissão. Por isso mesmo é importante se especializar numa determinada área, desenvolvendo as habilidades necessárias e aproveitando o talentos naturais que conseguir identificar. As dicas abaixo servem também para profissionais de outras áreas, que agem de forma autônoma e que estão no início de carreira. Quem tiver interesse em ler mais sobre Marketing Pessoal acesse a postagem: MARKETING PESSOAL – ENFOCANDO O “EU” PRODUTO publicada neste Blog. Artur Reis
No mundo dos negócios, uma marca bem
estabelecida faz toda a diferença. Porém, isso não é privilégio das grandes
corporações. O fotógrafo, por exemplo, também
pode ter a sua. Mas não se trata
apenas de bolar uma logomarca interessante. Para que esta
comunique
eficientemente ao público-alvo as credenciais do profissional, é preciso
alguns
cuidados.
“Na verdade, o que o fotógrafo deve estabelecer não é apenas uma marca,
mas sim um estilo, uma visão única, um diferencial ou especialização. A marca
deve representar isso de forma que seus futuros clientes associem a marca a
toda uma ideia e personalidade”, destaca o fotógrafo paulistaLuciano
Mello, 42, autor do blogueFotobusiness.
Luciano Mello: uma marca bem construída pode fazer a diferença num
mercado competitivo (foto: Geisa Caroline)
Para ilustrar a ideia, ele cita duas empresas do ramo, Leica e Canon,
que ao longo dos anos souberam associar sua marca a ideais de qualidade e
tradição, no primeiro caso, e tecnologia e inovação, no segundo. “Para o
fotógrafo vale a mesma regra: uma marca deve representar o que o fotógrafo tem
de melhor a oferecer e, num mercado tão competitivo, às vezes uma marca bem
construída e que se comunique com seus clientes de forma eficiente pode ser um
trunfo e ajudar a destacar um profissional dentre outros”, diz Luciano.
O especialista fixa como primeiro passo para construir uma boa marca
pensar antes no que se pretende comunicar, nos valores que a marca irá
representar. A partir disso, é preciso desenvolver uma série de ações para que
a simbologia adotada seja eficiente.
“A marca não está apenas em um logotipo, está em toda comunicação visual
que usamos. Do logotipo às fontes usadas, as cores e design de nossos cartões e
papelaria, tudo tem que fazer sentido para nossos clientes e ser coerente com a percepção que esperamos que tenham de nosso trabalho”, pontua.
Seguindo essa lógica, você deve acrescentar à sua logo elementos que
correspondam ao segmento em que atua: “Se trabalhamos com fotografia de
casamento, não faz sentido utilizar um símbolo como, por exemplo, uma caveira, obviamente não seria uma boa ideia. Podem ser utilizados elementos leves que
remetam à ideia de união e romantismo”, sugere o fotógrafo, que publicou em seusitealguns exemplos bem e malsucedidos de logomarcas de fotógrafos.
Luciano faz questão de frisar que o processo de construção da marca
depende de uma sequência de fatores. Não existe ação isolada, especialmente no
que diz respeito ao posicionamento do profissional em seu mercado. Portanto, é imprescindível que o nome por detrás da marca tome certas medidas não apenas
para agregar valor a ela, mas principalmente para não depreciá-la.
Mantenha seu portfolio nas redes sociais coerente
com o foco do seu trabalho comercial, recomenda Luciano
O alerta faz todo sentido quando o assunto é divulgação. O mais comum
nos dias de hoje é usar as redes sociais para se promover e prospectar novos
clientes. No entanto, é preciso cautela.
“Uma marca é construída para criar uma percepção em seus clientes sobre
uma empresa ou um profissional. No caso dos fotógrafos, geralmente somos a
empresa, então às vezes devemos nos conter no que expomos em redes sociais. Se
eu sou um fotógrafo que trabalha principalmente com retratos de crianças, é
importante compreender que o seu público-alvo tem uma certa expectativa e
percepção que você mesmo construiu e estabeleceu. Então, certos comportamentos
podem ser negativos perante esse público”, orienta Luciano.
“Pense numa marca como a Nike patrocinando uma rave ou um festival
gastronômico”, ele continua. “Não faria muito sentido, por isso eles patrocinam
esportes e atividades relacionadas a sua essência e ideologia de comunicação. O
mesmo vale para nós: se trabalhamos com fotos de crianças, não seria uma boa
ideia ficar publicando fotos de seus ensaios de nudez, isso não faz sentido
para os seus clientes e com certeza iria agir contra o profissional, criando
uma percepção contrária que com certeza seria nociva ao nosso trabalho”.
Por isso, ele recomenda bom senso: “Uma marca é toda a percepção que o
seu público tem sobre sua empresa e ser coerente com a imagem que criamos com
base naquilo que acreditamos ter de melhor é o mais importante, pois, como muitos de nós utilizam os próprios nomes como marca, raramente teremos uma
segunda chance. Ninguém quer associar o nome de forma negativa, por isso bom
senso, planejamento e coerência são importantes para manter sua marca da melhor forma possível”.
No mundo atual globalizado e altamente competitivo, um dos
chavões de marketing mais repetidos e talvez, menos percebidos na prática é o
de “Encantar Clientes”.
Muitas empresas incluem em sua Visão ou Missão o seguinte
compromisso: superar as expectativas dos
clientes. Mas, fica aqui a pergunta no ar: será que estas empresas estão
pelos menos conseguindo atender às expectativas dos seus clientes? Será que ao
menos estão conseguindo entregar o que prometem ou quanto mais superá-las?
Quando se trata de empresas de serviços, um dos melhores indicadores
para medir o seu desempenho junto ao mercado é avaliando o seu índice
de reclamações e a forma com a qual essas empresas agem na solução dos
problemas. Podemos perceber que os resultados não são tão animadores.
Recentemente pudemos ver a crise que atingiu as empresas de
telecomunicações no Brasil. A ANATEL teve que intervir, suspender os serviços e multar as
empresas para que pudessem resolver os graves problemas de prestação de
serviços.
E é na hora de ligar para as empresas de serviços que
podemos verificar na prática, como estão a desejar no quesito atendimento e
relacionamento com seus clientes.
Quando queremos adquirir um novo serviço, de “TV por assinatura”,
“Internet banda larga“, ou mesmo um “Plano de telefonia celular ou fixo”, a
facilidade com a qual conseguimos ser rapidamente atendidos chega a
impressionar. Contudo, uma vez fisgados, os clientes passam a ter um alto grau
de dificuldade para conseguir contatar o serviço de atendimento ao cliente (SAC),
seja para resolver um simples problema operacional, ou problemas de erros na
fatura.
Para chegar a falar com um atendente que realmente poderá resolver
o nosso problema, temos que passar por várias opções de menus, que variam de 1
a 9. E a cada vez que nos deparamos com um desses menus, perde-se não só uma
enormidade de tempo, como também nossa paciência. Fora isso, ao chegarmos finalmente à opção
desejada, uma mensagem que soa como uma bomba é transmitida sem parar: "todos os
nossos atendentes estão ocupados neste momento, aguarde que em breve você será
atendido". Nisso uma “musiquinha” irritante que nos faz ainda mais perder a
cabeça, passa a martirizar os nossos ouvidos como uma tortura chinesa.
Exemplo de música de espera
Eu mesmo, já contabilizei mais de 30 minutos para conseguir
falar com um atendente ao vivo. Fora, as diversas vezes em que a ligação “caiu”
antes que eu conseguisse ser atendido e resolver o meu problema.
Mas, onde está o problema? Será que está no processo de
redução de despesas fixas, com o fechamento dos locais para atendimento direto
e ao vivo de clientes e usuários? Será que está no atendimento terceirizado, feito
por empresas, cujos atendentes são colaboradores sem experiência, que são
obrigados a atender centenas de ligações dentro de padrões e limitações
impostas?
Ou será que o problema ainda é a falta de mobilização dos
clientes e dos usuários brasileiros, que ainda acham que ter acesso ao serviço,
por pior que seja é melhor do que nada? Muitos clientes de serviços no Brasil
ainda não estão acostumados a reclamar formalmente, ligar para as agências reguladoras,
PROCONS, ou fazer valer os seus direitos.
Segue abaixo a lista com alguns setores que apresentam um
alto índice de reclamações junto aos PROCONS e outros órgãos de defesa dos
consumidores em todo o Brasil:
Telefonia móvel e fixa
Companhias áreas
Planos de saúde
Operadoras de cartões de crédito
Planos de internet banda larga
TV por assinatura
Bancos
Energia elétrica
Varejo de eletrodomésticos e eletrônicos
Conclusão
Ainda estamos numa fase de amadurecimento em termos de
oferta de serviço aos clientes e usuários no Brasil. Até pouco tempo atrás,
muitos serviços eram estatizados e não se podia escolher. Com o processo de
privatização, muitos serviços púbicos passaram a ser operados por diversas
empresas, ampliando a oferta, reduzindo o preço final e melhorando o desempenho
do setor. Mas, ainda há um grande caminho a ser percorrido não só pelas
empresas concessionárias de serviços públicos como pelas empresas privadas de
serviços. As empresas ainda estão tão preocupadas em conquistar novos clientes,
que deixam a desejar no relacionamento voltado para fidelização dos seus
clientes. Talvez porque ainda tenham muitos novos clientes potenciais para serem
conquistados.
Com certeza, quando chegarmos ao grau de maturidade no Ciclo
de Vida desses mercados, as empresas passarão a cuidar mais e melhor de seus
clientes atuais, fazendo tudo para não perdê-los. Da mesma forma que já acontece
com muitos produtos de consumo de massa no Brasil, cuja decisão de marca é feita a cada
ocasião de compra. Basta um pequeno deslize para que o consumidor opte pelo
concorrente. Em geral, esse mercado é mais maduro, com a presença de muitos
players, marcas e variedade de produtos e versões de embalagens.
É necessário que os brasileiros passem a atuar mais
diretamente na melhoria da qualidade dos serviços ofertados, seja reclamando,
seja registrando queixas nos órgãos competentes, seja trocando de fornecedor.
Só assim poderemos nos equiparar em termos padrões de
serviços aos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde os preços de muitos serviços são muito menores e a qualidade muito superior a nossa.
E você também já teve alguma péssima experiência ao tentar
falar com um serviço de atendimento ao cliente? Tem alguma empresa que
gostaria de elogiar? Deixe aqui o seu comentário.