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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Marketing Pessoal: Marca do Fotógrafo

Amigos, estou transcrevendo um artigo muito interessante escrito por Alcides Mafra e publicado no website PhotoChannel. 

O artigo traz dicas importantes para os profissionais do ramo da fotografia que querem se projetar alavancando a sua marca pessoal. Como está muito bem ilustrado na entrevista com o fotógrafo Luciano Melo, saber se posicionar é fundamental. Ou seja, se alguém quer ser reconhecido como "o bom" numa determinada área é preciso ter foco. Ser bom em tudo é difícil. E só se alcança uma determinada notoriedade depois de algum tempo de profissão. Por isso mesmo é importante se especializar numa determinada área, desenvolvendo as habilidades necessárias e aproveitando o talentos naturais que conseguir identificar.


As dicas abaixo servem também para profissionais de outras áreas, que agem de forma autônoma e que estão no início de carreira. Quem tiver interesse em ler mais sobre Marketing Pessoal acesse a postagem: MARKETING PESSOAL – ENFOCANDO O “EU” PRODUTO   publicada neste Blog.


Artur Reis




Gestão de carreira — 22 de outubro de 2012 às 13:26

Foto: Luciano Mello

No mundo dos negócios, uma marca bem estabelecida faz toda a diferença.                                                     Porém, isso não é privilégio das grandes corporações. O fotógrafo, por exemplo, também
pode ter a sua. Mas não se trata apenas de bolar uma logomarca interessante. Para que esta
comunique eficientemente ao público-alvo as credenciais do profissional, é preciso
alguns cuidados.


“Na verdade, o que o fotógrafo deve estabelecer não é apenas uma marca, mas sim um estilo, uma visão única, um 
diferencial ou especialização. A marca deve representar isso de forma que seus futuros clientes associem a marca
a toda uma ideia e personalidade”, destaca o fotógrafo paulista Luciano Mello, 42, autor do blogue Fotobusiness.

Foto: Geisa Caroline
Luciano Mello: uma marca bem construída pode fazer a diferença num mercado competitivo
 (foto: Geisa Caroline)

Para ilustrar a ideia, ele cita duas empresas do ramo, Leica e Canon, que ao longo dos anos souberam associar sua marca
a ideais de qualidade e tradição, no primeiro caso, e tecnologia e inovação, no segundo. “Para o fotógrafo vale a mesma
regra: uma marca deve representar o que o fotógrafo tem de melhor a oferecer e, num mercado tão competitivo, às vezes
uma marca bem construída e que se comunique com seus clientes de forma eficiente pode ser um trunfo e ajudar a
destacar um profissional dentre outros”, diz Luciano.
O especialista fixa como primeiro passo para construir uma boa marca pensar antes no que se pretende comunicar, nos
valores que a marca irá representar. A partir disso, é preciso desenvolver uma série de ações para que a simbologia
adotada seja eficiente.
“A marca não está apenas em um logotipo, está em toda comunicação visual que usamos. Do logotipo às fontes usadas,
as cores e design de nossos cartões e papelaria, tudo tem que fazer sentido para nossos clientes e ser coerente com a
percepção que esperamos que tenham de nosso trabalho”, pontua.
Seguindo essa lógica, você deve acrescentar à sua logo elementos que correspondam ao segmento em que atua: 
“Se trabalhamos com fotografia de casamento, não faz sentido utilizar um símbolo como, por exemplo, uma caveira,
obviamente não seria uma boa ideia. Podem ser utilizados elementos leves que remetam à ideia de união e romantismo”, 
sugere o fotógrafo, que publicou em seu site alguns exemplos bem e malsucedidos de logomarcas de fotógrafos.
Luciano faz questão de frisar que o processo de construção da marca depende de uma sequência de fatores. 
Não existe ação isolada, especialmente no que diz respeito ao posicionamento do profissional em seu mercado. 
Portanto, é imprescindível que o nome por detrás da marca tome certas medidas não apenas para agregar valor a ela,
mas principalmente para não depreciá-la.
Foto: Luciano Mello

Mantenha seu portfolio nas redes sociais coerente com o foco do seu trabalho comercial, recomenda Luciano
O alerta faz todo sentido quando o assunto é divulgação. O mais comum nos dias de hoje é usar as redes sociais para se 
promover e prospectar novos clientes. No entanto, é preciso cautela.
“Uma marca é construída para criar uma percepção em seus clientes sobre uma empresa ou um profissional. No caso dos
fotógrafos, geralmente somos a empresa, então às vezes devemos nos conter no que expomos em redes sociais. Se eu
sou um fotógrafo que trabalha principalmente com retratos de crianças, é importante compreender que o seu público-alvo
tem uma certa expectativa e percepção que você mesmo construiu e estabeleceu. Então, certos comportamentos podem
ser negativos perante esse público”, orienta Luciano.
“Pense numa marca como a Nike patrocinando uma rave ou um festival gastronômico”, ele continua. “Não faria muito
sentido, por isso eles patrocinam esportes e atividades relacionadas a sua essência e ideologia de comunicação. O mesmo
vale para nós: se trabalhamos com fotos de crianças, não seria uma boa ideia ficar publicando fotos de seus ensaios de
nudez, isso não faz sentido para os seus clientes e com certeza iria agir contra o profissional, criando uma percepção
contrária que com certeza seria nociva ao nosso trabalho”.
Por isso, ele recomenda bom senso: “Uma marca é toda a percepção que o seu público tem sobre sua empresa e ser
coerente com a imagem que criamos com base naquilo que acreditamos ter de melhor é o mais importante, pois, como
muitos de nós utilizam os próprios nomes como marca, raramente teremos uma segunda chance. Ninguém quer associar
o nome de forma negativa, por isso bom senso, planejamento e coerência são importantes para manter sua marca da
melhor forma possível”.


Fonte: PhotoChannel

domingo, 14 de outubro de 2012

MARKETING DE SERVIÇOS – DESENCANTANDO CLIENTES E CONSUMIDORES


Por Artur Reis

Superando as expectativas dos clientes
No mundo atual globalizado e altamente competitivo, um dos chavões de marketing mais repetidos e talvez, menos percebidos na prática é o de “Encantar Clientes”.
Muitas empresas incluem em sua Visão ou Missão o seguinte compromisso: superar as expectativas dos clientes. Mas, fica aqui a pergunta no ar: será que estas empresas estão pelos menos conseguindo atender às expectativas dos seus clientes? Será que ao menos estão conseguindo entregar o que prometem ou quanto mais superá-las?
Quando se trata de empresas de serviços, um dos melhores indicadores para medir o seu desempenho junto ao mercado é avaliando o seu índice de reclamações e a forma com a qual essas empresas agem na solução dos problemas. Podemos perceber que os resultados não são tão animadores.
Recentemente pudemos ver a crise que atingiu as empresas de telecomunicações no Brasil. A ANATEL teve que intervir, suspender os serviços e multar as empresas para que pudessem resolver os graves problemas de prestação de serviços.
Vide:

 

Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC
E é na hora de ligar para as empresas de serviços que podemos verificar na prática, como estão a desejar no quesito atendimento e relacionamento com seus clientes.
Quando queremos adquirir um novo serviço, de “TV por assinatura”, “Internet banda larga“, ou mesmo um “Plano de telefonia celular ou fixo”, a facilidade com a qual conseguimos ser rapidamente atendidos chega a impressionar. Contudo, uma vez fisgados, os clientes passam a ter um alto grau de dificuldade para conseguir contatar o serviço de atendimento ao cliente (SAC), seja para resolver um simples problema operacional, ou problemas de erros na fatura.
Para chegar a falar com um atendente que realmente poderá resolver o nosso problema, temos que passar por várias opções de menus, que variam de 1 a 9. E a cada vez que nos deparamos com um desses menus, perde-se não só uma enormidade de tempo, como também nossa paciência.  Fora isso, ao chegarmos finalmente à opção desejada, uma mensagem que soa como uma bomba é transmitida sem parar: "todos os nossos atendentes estão ocupados neste momento, aguarde que em breve você será atendido". Nisso uma “musiquinha” irritante que nos faz ainda mais perder a cabeça, passa a martirizar os nossos ouvidos como uma tortura chinesa.

Exemplo de música de espera


Eu mesmo, já contabilizei mais de 30 minutos para conseguir falar com um atendente ao vivo. Fora, as diversas vezes em que a ligação “caiu” antes que eu conseguisse ser atendido e resolver o meu problema.
Mas, onde está o problema? Será que está no processo de redução de despesas fixas, com o fechamento dos locais para atendimento direto e ao vivo de clientes e usuários? Será que está no atendimento terceirizado, feito por empresas, cujos atendentes são colaboradores sem experiência, que são obrigados a atender centenas de ligações dentro de padrões e limitações impostas?
Ou será que o problema ainda é a falta de mobilização dos clientes e dos usuários brasileiros, que ainda acham que ter acesso ao serviço, por pior que seja é melhor do que nada? Muitos clientes de serviços no Brasil ainda não estão acostumados a reclamar formalmente, ligar para as agências reguladoras, PROCONS, ou fazer valer os seus direitos.


Segue abaixo a lista com alguns setores que apresentam um alto índice de reclamações junto aos PROCONS e outros órgãos de defesa dos consumidores em todo o Brasil:
  • Telefonia móvel e fixa
  • Companhias áreas
  • Planos de saúde
  • Operadoras de cartões de crédito
  • Planos de internet banda larga
  • TV por assinatura
  • Bancos
  • Energia elétrica
  • Varejo de eletrodomésticos e eletrônicos

Conclusão
Ainda estamos numa fase de amadurecimento em termos de oferta de serviço aos clientes e usuários no Brasil. Até pouco tempo atrás, muitos serviços eram estatizados e não se podia escolher. Com o processo de privatização, muitos serviços púbicos passaram a ser operados por diversas empresas, ampliando a oferta, reduzindo o preço final e melhorando o desempenho do setor. Mas, ainda há um grande caminho a ser percorrido não só pelas empresas concessionárias de serviços públicos como pelas empresas privadas de serviços. As empresas ainda estão tão preocupadas em conquistar novos clientes, que deixam a desejar no relacionamento voltado para fidelização dos seus clientes. Talvez porque ainda tenham muitos novos clientes potenciais para serem conquistados.


Com certeza, quando chegarmos ao grau de maturidade no Ciclo de Vida desses mercados, as empresas passarão a cuidar mais e melhor de seus clientes atuais, fazendo tudo para não perdê-los. Da mesma forma que já acontece com muitos produtos de consumo de massa no Brasil, cuja decisão de marca é feita a cada ocasião de compra. Basta um pequeno deslize para que o consumidor opte pelo concorrente. Em geral, esse mercado é mais maduro, com a presença de muitos players, marcas e variedade de produtos e versões de embalagens.
É necessário que os brasileiros passem a atuar mais diretamente na melhoria da qualidade dos serviços ofertados, seja reclamando, seja registrando queixas nos órgãos competentes, seja trocando de fornecedor.

Só assim poderemos nos equiparar em termos padrões de serviços aos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde os preços de muitos serviços são muito menores e a qualidade muito superior a nossa.
E você também já teve alguma péssima experiência ao tentar falar com um serviço de atendimento ao cliente? Tem alguma empresa que gostaria de elogiar? Deixe aqui o seu comentário.

 Atendimento errado - alguém já passou por isso?