sábado, 7 de novembro de 2015

CINCO DICAS FUNDAMENTAIS PARA QUEM DESEJA INVESTIR EM FRANQUIAS

Publicação extraída do website da AR Consultoria



A AR Consultoria conferiu de perto as oportunidades disponíveis na 5ª FRANCHISING EXPO NORDESTE 2015 realizada nos dias 03 a 06 de novembro no Centro de Convenções de Pernambuco.
Com menos expositores do que o público poderia esperar, a feira contou com uma boa diversificação de segmentos de negócios, que englobava alimentos, estética, beleza, cursos de idioma, até mesmo materiais de construção.
Uma boa parte do público que visitou a Feira de Franquias era formada por pessoas recém desligadas de suas organizações, que queriam aproveitar as verbas rescisórias para obter a independência financeira.
Com o objetivo de orientar os empreendedores quem desejam investir em franchising, relacionamos aqui cinco dicas importantíssimas que ajudam a aumentar as chances de sucesso e reduzir os riscos de fracasso na escolha da franquia certa.
1 – Conheça o histórico do franqueador
Quantos anos essa empresa está no mercado? Quantos anos essa empresa tem como franqueadora? Sua marca é conhecida?
  • Quanto maior a experiência da empresa no negócio de franquia, maiores as chances de sucesso, pois essa empresa já atingiu um maior grau de maturidade na sua relação comercial e teve mais tempo para aprender com seus erros e acertos. Investir numa ilustre desconhecida é sempre mais arriscado do que numa marca estabelecida que tem uma clientela fiel.
Qual é a avaliação dos franqueados? O que os atuais franqueados pensam dessa empresa?
  • É muito importante consultar o nível de satisfação dos franqueados em relação a empresa franqueadora. Visite uma unidade em funcionamento e converse informalmente com o franqueado e com seus funcionários. Um alto nível de reclamações pode ser um indício de dificuldades futuras. Quando os franqueados demonstram interesse em abrir uma outra unidade (ou ponto) dessa franquia, significa que o retorno tem sido satisfatório.
Averigue se a empresa é chancelada pela Associação Brasileira de Franchising – ABF? A empresa tem selo de excelência ou recebeu algum prêmio de melhor franchising em sua categoria? 
  • O risco de fracasso na escolha de uma boa franquia se reduz muito de acordo com o histórico de sucesso da empresa franqueadora. É preciso estar atento aos detalhes para evitar dissabores no futuro. Empresas premiadas são mais confiáveis pois já detém o know-how no negócio.
2 – Faça uma boa avaliação de mercado
Pesquise o índice de crescimento do segmento de mercado da empresa franqueadora? Qual é o número de concorrentes que disputam esse segmento? Qual é a quantidade de franqueados na região de seu interesse?
  • Com certeza apostar num mercado que cresce a uma taxa de 10% ou mais ao ano, é muito melhor do que um segmento já saturado sem perspectivas de crescimento futuro. Mas é importante, também, considerar o número de concorrentes. Quando escolhemos um ramo de negócio que já tem um alto número de concorrentes, a briga pelo cliente é maior e necessita muito mais esforço para atrair e capturar esse cliente.
  • Por outro lado, uma grande de quantidade de franqueados numa região geográfica limitada pode gerar canibalização de consumidores. É preciso conhecer a fundo o plano de expansão de franquias no Estado, no município e no bairro desejado para se ter uma ideia de potencial de negócio. É claro, que uma empresa franqueadora séria e experiente, tem estudos degeomarketing que ajudam a calcular o potencial de vendas de cada unidade de franquia dentro de uma determinada região geográfica.
  • Analise também quem é o público alvo da franquia. Levante o poder aquisitivo do consumidor potencial. E verifique se os preços cobrados pelos produtos, e/ou serviços oferecidos pela franquia são competitivos com o mercado a quem se destina.
3 – Levante a estrutura e o apoio oferecido pelo franqueador
Qual é o pacote de apoio que a empresa franqueadora oferece para o franqueado?
  • Itens principais que devem ser analisados: projeto arquitetônico padronizado, especificações de materiais e equipamentos, treinamento inicial e contínuo para os franqueados e seus funcionários, consultoria, metodologia, apoio na comunicação e divulgação do produto, padronização de processos e procedimentos, software de gestão, central de negociação, fornecedores qualificados e credenciados, plano de negócios e planilha com DRE (demonstrativo de resultados), etc. Sem um mínimo de estrutura, a franquia passa a ser um negócio ainda mais arriscado que um novo empreendimento, pois já se inicia com uma dívida certa e constante.
  • Entenda bem o grau de dificuldade de se contratar a equipe de funcionários necessária para fazer a franquia funcionar. A perda de faturamento pode ser alta quando não se consegue atrair ou reter funcionários. Quanto mais especializado for o segmento de negócio da franquia, maior a demanda por uma equipe técnica especializada, que pode ser mais difícil de se contratar. Como já mencionamos, não deixe de conversar informalmente com outros franqueados para saber como está o funcionamento do negócio.
4 – Analise o capital necessário e o retorno financeiro
Qual é o investimento necessário para se abrir a franquia?
  • Além da taxa de franquia e do investimento para se montar a loja e a aquisição do estoque inicial, muitas vezes as pessoas esquecem do capital de giro, que é a reserva financeira necessária para manter a nova empresa funcionando até que se estabeleça no mercado. Ao se escolher a franquia, não podemos pensar apenas no investimento no negócio. É imprescindível calcular muito bem qual é o capital de giro. Os custos fixos iniciais são altos. O negócio só gera rentabilidade quando supera o ponto de equilíbrio (break-even point), ou seja, quando se atinge um número mínimo de clientes para gerar um faturamento que possa pagar os custos variáveis e as despesas fixas. Muitos novos empreendedores não sabem fazer bem essa conta e confiam plenamente na planilha da empresa franqueadora. Após o início da operação, o investidor tem que ter uma reserva financeira para bancar o prejuízo dos primeiros meses.
  • Lembre-se que para cada real de faturamento, dependendo do contrato, as empresas franqueadas devem pagar royalties (valores fixos mensais), percentual fixo sobre o faturamento, taxa de manutenção do sistema de gestão, valor fixo ou percentual do faturamento para bancar a verba de marketing ou comunicação, etc.
Quanto tempo leva para se ter o retorno do capital investido? Qual é a rentabilidade líquida projetada?
  • Um dos principais pontos que chama atenção aos investidores em franquia é a promessa de excelentes resultados financeiros. O payback é o tempo em que o capital total investido no negócio retorna para o bolso do investidor. É medido em meses e depende da rentabilidade. Em geral leva de 12 a 24 meses para se ter o retorno desse capital dependendo do segmento de negócio escolhido.
  • Os cálculos são apresentados pelas franqueadoras em planilhas chamadas de DRE (demonstrativos de resultado do exercício), que mostram desde o investimento necessário para se abrir a franquia, até a lucratividade mensal. É claro que quando falamos em projeção temos que tomar muito cuidado. Projeções baseadas em outros mercados podem ser perigosas. Há de se considerar diversos cenários de desempenho. Mas, para saber realmente o gás financeiro necessário para suportar o período inicial da operação, devemos nos basear no cenário mais pessimista, que significa menos consumidores ou usuários, e por consequência, menor faturamento.
  • Não se iluda com números mirabolantes, a projeção conservadora é sempre a mais indicada.
  • Se pretende investir numa franquia com algum sócio, escolha muito bem o sócio, pois sociedade é como um casamento e o divórcio é caro! Divida muito bem as tarefas entre os sócios para evitar problemas futuros. Não se esqueça que a rentabilidade deve ser dividida segundo a participação financeira de cada um, dependendo do acordo feito entre os sócios. Fazer retiradas elevadas no início da operação pode levar o negócio ao fracasso, por isso estude bem os cenários e as projeções de retorno.
5 – Escolha bem o ramo de negócio que você deseja entrar
Você tem alguma afinidade com o segmento de negócio da franquia de seu interesse? Tem know-how, expertise ou conhecimento prévio deste negócio?
  • A escolha da franquia é algo tão importante quanto o lado financeiro. Entrar num negócio com base apenas no retorno projetado pode ser fatal. Se não há afinidade ou interesse no segmento de negócio oferecido é melhor não arriscar. Muitos franqueados fracassam por não estarem presentes no dia a dia. Deixam o pequeno negócio na mão de funcionários que não tem comprometimento com o resultado. E com certeza a empresa não vai para frente. A dica é estude profundamente o negócio que escolher. Conheça os procedimentos, o funcionamento do dia a dia. Passe pelo menos uma parte do dia supervisionando a operação, pois como diz o provérbio: “o olho do dono engorda o gado”!
O local disponível para a abertura da franquia está adequado às suas necessidades?
  • A escolha do local onde a franquia será aberta é também determinante para o sucesso do empreendimento. Muitas vezes, por questões de disponibilidade, se abre uma franquia em local muito distante da residência. Resultado, o investidor acaba não tendo o tempo necessário para dedicar ao negócio.  E da mesma forma, querer abrir uma franquia do lado da residência é o mais comum, mas muitas vezes a área já está saturada. As melhores oportunidades estão nos locais ainda não cobertos pela franquia.
Acreditamos que essas dicas podem ajudar realmente ao empreendedor a fazer uma boa escolha e aumentar em muito as chances de sucesso. Não se precipite e faça uma profunda análise do negócio.
E para quem não foi a Feira busque maiores informações no site da ABF  e no Portal do Franchising.
Boa sorte!
Conheça o website da AR Consultoria.
Artur Reis

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