segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Explorando o mundo das marcas

Por Artur Reis

O mundo está em constante evolução e a academia não pode se distanciar do mundo real. 
Por isso mesmo, no módulo de Desenvolvimento de Produtos, que vem a ser uma das disciplinas do MBA em Gestão de Marketing e Vendas do CEDEPE Business School, os alunos são submetidos a uma atividade externa bastante lúdica e elucidativa: explorar as seções e gôndolas do supermercado Perini do Shopping RioMar em busca de novos produtos. 

A ideia é visualizar na prática, como os novos produtos se encaixam dentro da estratégia de expansão das empresas, verificando entre outras coisas, o estágio do ciclo de vida da categoria, a estratégia de marca (branding), os atributos e benefícios do novo produto, o diferencial competitivo, etc. Um dos objetivos dessa atividade é entender se o novo produto é uma inovação incremental ou disruptiva. É fazer a turma compreender se a novidade é uma extensão de linha ou se constitui na criação de um novo nicho de mercado.



As observações registradas no mercado são discutidas e debatidas em sala de aula, sendo apresentadas por cada grupo e disseminadas para os demais colegas. Assim o conteúdo teórico é confrontado com a prática ajudando a construir e fixar o conhecimento, sem que haja necessidade de longas e cansativas palestras.



Tirar os alunos da sala de aula e levá-los ao mercado, onde a a dinâmica do processo decisório de compras acontece é uma experiência muito rica e de fundamental importância para a metodologia didática moderna. 





#CEDEPEBusinessSchool
#Branding
#Perini
# Shopping

domingo, 15 de outubro de 2017

PROPAGANDA NO TEMPO DO ASSUCAR

Por Artur Reis



Introdução 
Vamos dar uma volta ao passado, mais especificamente ao período de junho de 1924, para conferir alguns anúncios publicados na Revista “Ilustração Brasileira”. Essa edição especial sobre Pernambuco foi encomendada pelo Instituto Archeologico, Historico e Geographico Pernambucano, para celebrar o primeiro centenário do movimento republicano “Confederação do Equador” em 02 de julho de 1924. 

A Revista Ilustração Brasileira
A Coleção Revista Ilustração Brasileira era composta por 41 exemplares, editada pela Sociedade Anonyma “O Malho”. Está sob a guardada da Biblioteca Nacional. A Revista apresentava o contexto social, político, econômico e cultural daquele período ao público brasileiro. Foi fundada, em junho de 1909, por Luiz Bartolomeu de Souza e Silva e Antônio Azeredo. O periódico apresentava formato grande (36x27cm), contendo em torno de 40 a 60 páginas, com exceção das edições especiais, que costumavam ser mais extensas. Ao longo dos três períodos em que esteve em circulação – o primeiro de 1909 a 1915, o segundo de 1920 a 1930 e o último a partir de 1935 –, a revista tratou de temáticas diversas como artes, cotidiano, política, economia, história, moda, vida social, além de conter entrevistas, crônicas, poesias, contos, fotografias e ilustrações, muitos assinados por grandes intelectuais do período como Olavo Bilac, Eduardo Salamonde, Paulo Barreto, Euclydes da Cunha, Júlia Lopes de Almeida, Luiz Delfino, Agenor de Roure, Manuel Bonfim, Coelho Netto e outros.


Anúncios
É muito interessante verificar como a linguagem publicitária da época era muito mais formal, com menos grau de ousadia e criatividade, quando se compara aos tempos atuais. Além disso, a ortografia dos anos 20 era muito diferente da nova e revisada. Chega a ser estranho ver palavras como “açúcar”, escritas com dois esses: Assucar. Uma das coisas que chama atenção é que a maioria dos anúncios incluía a caixa postal e endereço telegráfico, já que o Telegrama era o meio de comunicação mais ágil e utilizado na época.  


A marca tinha o papel de dar o aval de credibilidade da empresa ou do produto, sendo relacionada a valores como tradição, confiança, etc. Poucas marcas, como a Peixe, usavam o símbolo de um objeto, no caso o “peixe”, representando seu logotipo. Muitas, se resumiam a usar apenas o nome de empresa ou do produto em grafia estilizada. Já nas edições de meados da década de 30, pode-se perceber uma grande evolução tanto do branding, como o uso amplo de logomarcas, como da publicidade em si, incluindo fotografias e artes mais elaboradas, o que melhora sensivelmente a percepção de qualidade dos anúncios.
Muitos anúncios tinham cunho institucional contendo informações contábeis e financeiras, que atestavam a seriedade e demonstravam a idoneidade da empresa junto à sociedade!


Para facilitar a visualização, os anúncios são divididos nas categorias:

Produtos; Estabelecimentos comerciais; Fábricas, usinas e estabelecimentos industriais; Bancos, seguros e serviços financeiros; Serviços.

 Produtos
Biotonico Fontoura


Creme de Pérolas de Barry

Lâmpadas Edison Mazda

Lâmpadas Philips

Leite Moça - Nestlé

Sabão Laminado Prophylactico


Fanal de Lohse - perfumes
Vaseline Chesesbrough
Nutrion
Polar Sapatos


 Estabelecimentos comerciais

Casas Nippon

Casas Gondim

H. Milet & Cia
Alves Fernandes Irmãos


Joalheria Louvre

Joalheria Regulador da Marinha

Joalheria Krause
Viúva Pires Ferreira

Wilson, Sons & Company - Agentes (Johnnie Walker, Cerveja, etc.)

José de Vasconcelos


Fábricas, usinas e estabelecimentos industriais


Companhia Fiação e Tecidos
Companhia Constructora Cimento Armado


Companhia Fabrica de Estopas
Franco Ferreira


Fratelli Vita

Fabrica de Apipucos

Minho Recife

Refinaria de Assucar São Jorge - Augusto G. Galvão
Menezes Metalurgica

José Rufino & Companhia





Bancos, seguros e serviços financeiros

Seguros Amphitrite

Banco do Brasil

Banco do Povo
Banque Française et Italienne - Branco Frances e Italiano


Banco Popular do Brasil

Companhia Phoenix Pernambucana - Seguros

Sul America - Seguros

Serviços

Loterias J. Antonaccio & C.
Western Union Telegraph Company



Photographia Piereck
Photo Studio Phil. Schafer

Photografia Fidanza Max Manksch & Cia.


domingo, 8 de outubro de 2017

Desencantando os clientes!

Por Artur Reis

Fonte: Pictures Quotes
Estamos na era onde o marketing de serviços é uma das principais fontes de vantagem competitiva das empresas. Muitos estudos mostram que as empresas conseguem ficar muito próximas, em termos de qualidade dos seus produtos (bens produzidos). A qualificação dos fornecedores, o controle de qualidade e a automação industrial têm ajudado muito a igualar os produtos, em termos de qualidade percebida. Sendo assim, as empresas só conseguem obter uma vantagem competitiva através do serviço oferecido. E para isso é necessário oferecer um serviço superior. Mas, vem a questão: superior a quem? Superior aos concorrentes é claro!

Por mais que todos preguem a importância de se encantar os clientes, na verdade as empresas estão muito longe disso. Se não conseguem nem atender às expectativas dos seus clientes, como podem superar?!

Fonte: Provider Support Blog
O pós-venda, incluindo o Serviço de Atendimento aos Cliente – SAC, é um dos principais responsáveis pela grande quantidade de reclamações e nível alto de insatisfação dos clientes. 

Primeiro, a dificuldade de conseguir falar com um atendente desanima qualquer mortal. Temos que passar por uma bateria de atendentes virtuais pedindo para escolher de uma opção de 1 a 9. São muitos passos até chegar onde queremos! Segundo, somos forçados a digitar nossas informações pessoais por mais de uma vez: CPF, número de telefone, etc. O tempo de demora do atendimento é irritante. E o terceiro ponto negativo é o descaso com os clientes atuais. Enquanto há um grande esforço das empresas em  atrair e capturar novos clientes, há uma grande falta de interesse em manter os clientes antigos. Tudo é feito para conquistar e nada é feito para manter! Muitas ofertas são elaboradas para quem quer ser um novo cliente. Por outro lado, para quem já é um cliente fiel, que paga as contas em dia e consome os serviços da empresa, nada é feito! Apenas quando se ameaça deixar a empresa e cancelar o serviço, eles passam a lhe escutar e a oferecer algo vantajoso!

Realmente, no Brasil, ainda estamos muito longe de poder contar com um serviço superior por parte das empresas, que proporcione um diferencial competitivo! Embora, algumas aleguem questões de custo, acho que não sabem fazer corretamente a conta do custo da insatisfação e da perda dos clientes.

Fonte: Dr. Christian Conte
Muitos clientes que não reclamam, simplesmente deixam de ser clientes! Outros propagam sua insatisfação para 7 ou 8 pessoas conhecidas. Grande parte das empresas não sabe ouvir de forma adequada seus clientes. A pesquisa usada após um atendimento telefônico é falha e não consegue captar a insatisfação do cliente com o serviço adquirido, ou com a própria empresa. As perguntas se restringem a avaliar o atendimento do profissional do SAC. Mas, mesmo sendo atendido com cortesia e educação, nem sempre o problema é solucionado. As empresas precisam saber ouvir melhor seus clientes!

Diante desse quadro negativo, resta rezar e esperar que Deus ajude a resolver nossos problemas!
Todavia, nem tudo é notícia ruim. Onde encontramos problemas, podemos enxergar oportunidades! As empresas que conseguirem sair na frente e oferecer um serviço de qualidade superior, cuidando com atenção de seus clientes, ouvindo atentamente suas reclamações e insatisfações, serão capazes de conquistar novos clientes e aumentar sua participação no mercado.
Fonte: Computer Dealer News

Fonte: Konal Impact
Fica aqui a recomendação: não adianta ganhar uma partida. O campeonato nunca se acaba. 
Temos que buscar a vitória sempre! E, se por acaso, uma batalha é perdida, é necessário aprender com os erros. Pedir desculpas e reconhecer as falhas é um meio importante de reconquistar um cliente insatisfeito. 
Os clientes gostam quando as empresas ouvem com atenção sua reclamação e soluciona seu problema. Satisfeitos, esses clientes divulgam esse fato para sua rede de amigos. Desse modo ganha o cliente e ganha a empresa!