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domingo, 26 de agosto de 2012

Pesquisa de Mercado: aliada na solução dos problemas de marketing


Por Regina Paes

Regina Paes é sócia-diretora da Visão Pesquisa & Gestão da Informação e Especialista do Boteco do Conhecimento 


Como os projetos de marketing, pesquisas também requerem planejamento prévio pelo profissional. Essa etapa é iniciada com o briefing, um resumo com os antecedentes do projeto e as expectativas na pesquisa, elaborado muitas vezes com a ajuda do especialista pesquisador.

Freqüentemente profissionais de Marketing se deparam com questões essenciais no planejamento dos seus projetos, como o do lançamento de um novo produto. Questões como: a ideia ou produto é relevante? Como posicioná-lo no mercado, para qual público, o que é mais importante comunicar sobre o produto? Em quais canais distribuir? Em quais meios divulgar, com qual alocação de verba? O volume de vendas será compatível ao investimento gerando lucro? O produto motivará recompra? 

Esses são exemplos de problemas de marketing que podem ser respondidos tendo como referência informações de pesquisas de mercado. Muitas outras questões, também para produtos e serviços já estabelecidos, são objeto de estudo de pesquisas de mercado.

Como os projetos de marketing, pesquisas também requerem planejamento prévio pelo profissional de marketing. Essa etapa é iniciada com o briefing, um resumo com os antecedentes do projeto e as expectativas na pesquisa, elaborado muitas vezes com a ajuda do especialista pesquisador. O briefing aponta o problema de marketing e os objetivos da pesquisa, indica o público-alvo a ser abordado, os mercados a serem cobertos geograficamente e resume as áreas de informação pretendidas. Também é recomendável informar o padrão de ação a partir dos resultados, estipulando índices determinantes da continuidade, da reformulação ou da inadequação do projeto.

Fundamental na garantia de qualidade, a contratação de uma empresa ou profissional especializado em pesquisa de mercado não é um luxo. Representa a diferença entre um levantamento de dados informal, sujeito a erros decisivos, e uma pesquisa técnica, com metodologia e amostra adequadas, questionário não indutivo, abordagem qualificada, processamento de dados com fundamentação estatística e interpretação holística e experiente dos resultados.

As pesquisas são por natureza, qualitativas ou quantitativas. A aplicação de um ou outro tipo ou se utilizados em complemento, é definida com base no problema e estágio do projeto de marketing e no nível de informação disponível. Essa avaliação indicará uma ou mais pesquisas com caráter exploratório, de validação de premissas ou conclusivo. Essa definição não é meramente fruto de preferência, sua adequação é fator decisivo para uma pesquisa bem idealizada.

Outro aspecto importante é a seleção do método de coleta das informações, se baseada em fontes secundárias, utilizando dados disponíveis de origem bibliográfica e documental, ou fontes primárias, obtidas diretamente junto ao público-alvo. São várias as modalidades de coleta, através de: formulário autopreenchido, abordagem pessoal, por telefone, pela internet (via email, link ou sala de bate-papo), através da observação comportamental, com inspiração etnográfica, e mais recentemente se valendo da neurociência. O método mais indicado leva em conta alguns fatores, como a natureza, se qualitativa ou quantitativa, se o estudo busca retratar o comportamento efetivo ou identificar atitudes, que ajudem a prever ou inferir os comportamentos futuros. Também aspectos mais objetivos, como a facilidade de acesso aos indivíduos do grupo de interesse e o volume de informações para investigação, que tornem a pesquisa viável em custo e no tempo de execução.

A definição da amostra, número de pessoas que representará o universo estudado, também é associada à natureza da pesquisa. Se quantitativa, a amostra será definida tendo em conta uma margem de erro aceitável para o nível de confiança esperado. Evidente que quanto menor a margem de erro, maior a segurança na tomada de decisões. No entanto, é preciso estabelecer um equilíbrio entre custo e benefício, considerando a verba disponível. Quando há limitação de verba, com redução expressiva da amostra, ainda assim pode ser melhor realizar a pesquisa a ficar totalmente no escuro. Nesses casos é ainda mais indicada a condução da pesquisa por um especialista, para evitar interpretações equivocadas dos resultados.

A análise detalhada das informações, de forma global e isenta de pré-concepções é fator primordial para o direcionamento correto do problema de marketing. Os insights, verdadeiros "achados" na pesquisa, são fruto de uma visão sensível e apurada das informações, mas pouco se aplicam se não analisados dentro do contexto do negócio, que resultem em soluções acionáveis.

Pesquisas criteriosamente planejadas, cuidadosamente conduzidas e apuradamente analisadas têm se mostrado fortes aliadas na solução dos problemas de marketing, ajudam a elevar os produtos e serviços que delas se valem à excelência de qualidade e ao sucesso em vendas.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A HISTÓRIA DA ESCOVA DE DENTE


Por Artur Reis

Atendendo aos pedidos de leitores do Blog, apresento a seguir um breve resumo do desenvolvimento do produto “Escova de Dente”.



O Início
Segundo relatos encontrados em diversas enciclopédias e livros de história, o ato de limpar os dentes é algo tão antigo quanto à própria civilização. Varas de Mascar que faziam o papel de escova de dente foram descobertas na Babilônia por volta de 3500 anos antes de Cristo. Referências foram encontradas na Grécia e no Egito antigo, assim como na literatura Romana, sobre o uso de palitos de dente para manter a saúde da arcada dentária. Uma das extremidades do palito era usada para mastigar, enquanto a outra era fina e pontiaguda, sendo usada para palitar os dentes, como nos dias de hoje.  A madeira era mastigada até que suas fibras ganhassem a forma de uma escova ajudando a limpar os dentes e retirar os resíduos dos alimentos. Gradualmente esses Palitos de Dente evoluíram para Hastes ou Palitos de Mascar.


Este procedimento era seguido também na China por volta de 1600 DC.  Galhos aromáticos eram usados não só para limpeza dos dentes, mas para refrescar a boca.

Já os Europeus usavam o método de limpeza dos Gregos, que mergulhavam esponjas e panos de linho em óleo sulfúrico e soluções salinas, para depois esfregar e retirar a sujeira dos dentes. Ou seja, não escovavam os dentes, apenas esfregavam.

A Criação do Produto
A primeira verdadeira Escova de Dente foi inventada na China por dentistas e trazida para a Europa por comerciantes europeus. A escova era formada por um cabo de osso ou de bambu, no qual eram fixados pelos de pescoço de Javali siberianos selvagens em sua extremidade.

Já na Europa, devido à dificuldade de se encontrar Javalis selvagens, os pelos eram substituídos por cerdas de porco ou crina de cavalo. Os pelos de javalis eram mais rígidos e causavam sangramento das gengivas, ao passo que a crina de cavalo era preferida por ser mais macia.


Contudo, a invenção da Escova de Dente moderna é creditada a William Addis, um comerciante Inglês, que ao passar algum tempo na prisão, se inspirou numa vassoura para criar a versão da escova de dente a partir de pelos de javali, amarrados em tufos e afixados sobre um cabo de osso com doze perfurações.

Ao sair da prisão William Addis, fez vários experimentos, substituindo o pelo de javali, por crina de cavalo, tornando-se a primeira pessoa a produzir em massa escovas de dente. Seu invento foi um sucesso! Sua empresa, Wisdom, fundada em 1780, usava um método de fabricação descentralizada, na qual mulheres montavam as escovas em suas próprias casas, com o pagamento vinculado à qualidade do produto e quantidade produzida. A empresa de William Addis soube também diversificar os modelos das escovas de dente, usando diferentes tipos de pelos, que eram dirigidos para públicos-alvo distintos. A Wisdom existe até hoje, sendo especializada em higiene oral.













A primeira patente registrada para uma escova de dente foi feita por H. N. Wadsworth em 1857 nos Estados Unidos (US Patent Nº 18,653). Contudo a produção em massa na América do Norte só iniciou em 1885.
Apesar de todos os esforços dirigidos para o aperfeiçoamento da Escova de Dente, o uso da escova de dente naquela época ainda era restrito a elite, em função do alto custo do produto. Apenas após a revolução industrial, a escova passou a alcançar as demais camadas da população a partir da redução do preço final. É importante lembrar que o aumento exponencial do número de cáries na Europa decorreu-se da introdução e da expansão do consumo de açúcar nos hábitos alimentares, através de doces, bolos, tortas, etc.






O Nylon e a Evolução do Produto
Em 28 de fevereiro de 1935, após dezenas de experiências fracassadas, Wallace Hume Carothers, chefe do setor de Química Orgânica da DuPont de Nemours em Delaware, criou um polímero fundido apelidado de Nylon. Através de acordo com a concessionária da DuPont no Reino Unido, a ICI passou a produzir em 1939 os fios sintéticos para a Wisdom, que lançou o produto apoiado por uma grande campanha publicitária na europa. Essa mudança ajudou a criar uma nova tendência para a história das escovas de dente, expandindo o uso do produto para diversos segmentos da sociedade.




Nos em 1940, a Weco Products Company passou a produzir a Doctor West’s Miracle -Tuft, vendida por 50 centavos de dólar, algo equivalente a 8 dólares a preço de hoje.









Um das maiores empresas de higiene oral, a Oral B* foi fundada em 1945 pelo dentista Dr. Robert Huston, que criou e patenteou a primeira escova de dente com cerdas suaves e arredondadas de Nylon. Dr. Huston também criou a marca Oral-B 60, que continha um total de 60 tufos de cerdas. Em 2005, a Oral B foi adquirida pela Procter & Gamble, que desde 1984 passou a ter o total controle acionário da Gillette Co. A Oral B é marca líder e referência mundial na fabricação de escovas de dente, fios dentais, cremes dentais e diversos outros produtos para higiene bucal.





Ainda hoje as escovas Miswak ou Sewak são largamente utilizadas pela população mulçumana podendo ser facilmente encontradas na Índia, Paquistão e em lojas árabes. Seu formato segue o mesmo padrão das varas primitivas de mascar chinesas, mas são feitas a partir dos ramos da árvore Persica Salvadora, que contém propriedades curativas e anti-sépticas.






Escova de Dente Elétrica
Por volta de 1880, Dr. Scott anunciou a venda da primeira escova de dente elétrica no mercado. Embora, não houvesse realmente eletricidade envolvida no processo de uso do produto, Dr. Scott pregava que sua escova continha uma pequena haste de ferro magnetizada dentro do cabo, que ajudava a carregar continuamente as cerdas com correntes eletromagnéticas que agiam sobre a gengiva, células do nervo e raiz dos dentes, revigorando cada parte da arcada dentária. Essa reivindicação era também feita para seus outros produtos, como: escovas de cabelo, escovas elétricas carne elétrica e espartilhos elétricos. Anúncios de suas escovas de dente elétricas apareceram na Weekly Harper em 1884. Sua invenção recebeu honrarias da comunidade médica e membros do governo britânico.



Já a primeira verdadeira escova de dente elétricaBroxodent” foi inventada em 1954, pelo Dr. Philippe-Guy Woog da Suíça. A Broxodent apareceu no mercado suíço em 1956 e foi lançada nos EUA em 1959, na ocasião do centenário da American Dental Association. O produto passou a ser distribuído nos EUA pela E. R. Squibb & Sons (atualmente Bristol Myers/Squibb). 





Contudo, a escova de dente elétrica se tornou popular entre os norte-americanos, com o lançamento da Escova de Dente Automática da General Eletric no início dos anos 60.  Embora similar ao da Broxodent que usava corrente elétrica AC para seu funcionamento, o modelo da GE utilizava baterias NiCad, não necessitando estar conectado à corrente elétrica no ato do uso. Porém ainda levou alguns anos para que a GE aperfeiçoasse o produto e a bateria utilizada, que apresentava muitos contratempos. Seu preço era inferior ao da Broxodent.




Em 1987, a Interplak fez um avanço significativo no produto passando a ser a primeira empresa a produzir as escovas de dente elétricas com sistema de escovas rotativas para uso doméstico. Vide: http://www.interplak.com/



Oral B Escova Elétrica 

A TEK foi a primeira escova de dente lançada pela Johnson & Johnson nos anos 60 no mercado brasileiro. Outras marcas como York, Kolynos, Prophylactic e Bukol também fizeram parte da nossa história.

















Atualmente o mercado de escova de dentes é formado por milhares de marcas, modelos e versões do produto, atendendo aos diversos segmentos existentes.

Pensando na sustentabilidade do planeta já foi lançada a escova biodegradável que remete as escovas antigas Miswak, usando o mesmo ramo natural da Persica Salvadora. Vide mais informações em THIS.


 

Fio Dental

Em 1815, Levi Spear Parmly, dentista de Nova Orleans, recomendava aos seus pacientes que usassem um fio de seda resistente entre seus dentes para retirar os resíduos de comida. O primeiro fio dental foi produzido comercialmente em 1882, usando seda não encerada, enquanto a patente do produto foi registrada pela Johnson & Johnson em 1988.











Conclusão

A criação da escova de dente foi considerada uma das maiores invenções da humanidade, em pesquisa feita junto aos americanos, devido aos incontáveis benefícios que a correta higiene bucal tem propiciado para todos desde então.
Desde as primeiras varas de mascar primitivas até hoje, o produto passou por diversas inovações tecnológicas a partir da introdução de materiais sintéticos. Através de estudos e pesquisas, mudanças foram realizadas visando a melhor limpeza e escovação dos dentes. O cabo se tornou mais ergonômico, as cerdas se tornaram mais flexíveis, macias e eficazes. Outros atributos foram incorporados ao produto, como o limpador de língua na parte de traz da cabeça da escova.  
Embora ainda haja um grande contingente de pessoas que não tem acesso à escovação, devido ao baixo nível de renda, podemos considerar o mercado de escovas de dente maduro, com a presença de uma infinidade de marcas, modelos, versões, cores, tamanhos e preços.
O mercado de escovação de dente continua dividido em tradicional e elétrico. Mas, apesar de toda evolução tecnológica, ainda é muito maior o consumo de escovas de dente tradicionais, exatamente por serem descartáveis. Quando ampliamos a visão para o mercado de higiene bucal, podemos verificar que existe uma infinidade de produtos que complementam a escovação: fios e fitas dentais, limpadores de línguas, assim como diversos outros aparelhos que ajudam a manter a boca e a arcada dentária saudável.

E você já escovou seus dentes hoje?

Observações:
Oral B – B significa Brush, ou seja escova em português.
 
 
Fontes consultadas:

 
História da Escova de Dentes 

The History of the Tooth Brush By Penelope Lane, eHow Contributor =  http://www.ehow.com/about_5033451_history-tooth-brush.html#ixzz23zm7X16q

Eastendlife - William Addis cleaned up with just one eureka moment, By John Rennie -

The History Channel: The History Of The Toothbrush - http://www.konokene.com/history-of-toothbrush/

 

The Technological Developement of the Toothbrush through History – Andrea´s Blog -

http://andreasi.wordpress.com/2009/03/17/the-technological-developement-of-the-toothbrush-through-history/


History of Chinese Invention - The Invention of the Toothbrush -


Evolution of the Toothbrush - http://www.cnn.com/2003/TECH/ptech/01/22/toothbrush.king/


Feb. 24, 1938: Americans Can Now Stop Chewing on Pig Hair - http://www.wired.com/thisdayintech/2012/02/feb-24-1938-americans-can-now-stop-chewing-on-pig-hair/

 

Toothbrush Holesmanship - http://jetejete.wordpress.com/tag/toothbrush/

 

The Inventor of the BROXO® Oral Health line of products has been Acknowledged by the Dental Profession - http://www.broxo.com/en/about_us/inventor.aspx

 

The Mercury, Saturday Morning, May 29th, 1886  (newspaper) -  http://trove.nla.gov.au/ndp/del/article/9122595

 

A escolha da escova de dente, Brasil Medicina  -

http://www.brasilmedicina.com.br/noticias/pgnoticias_det.asp?AreaSelect=3&Codigo=343

 

A primeira escova de dentes biodegradável -

http://caroldaemon.blogspot.com.br/2011/06/primeira-escova-de-dentes-biodegradavel.html


Kilmer House, History of Johson & Johnson and Its People -

http://www.kilmerhouse.com/2008/03/dental-floss/


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

AGRADECIMENTO

Prezados leitores, seguidores e amigos do Blog. Tendo completado 10 meses de vida, o Blog do Prof. Artur Reis agradece a atenção e a participação de todos que tiveram interesse nas matérias, textos e artigos publicados até hoje.

O objetivo do Blog é trocar e difundir conhecimentos nas áreas de Gestão Estratégica e Marketing, envolvendo assuntos de interesse de todos como: Planejamento, BSC, Comunicação, Gestão da Crise de Imagem, Gestão de Marcas, Marketing Pessoal, etc.

Além de tudo, o Blog tem o compromisso de divulgar as vagas de trabalho recebidas visando ajudar aos que estão procurando novas oportunidades.

Nesses 10 meses de vida o Blog superou a casa dos 10 mil acessos, contando com 56 seguidores diretos.  Tudo isso só foi possível pelo apoio e incentivo recebido de todos vocês, o que eu agradeço de todo coração.

Espero poder contar com a leitura e a participação de todos, desejando também que continuem divulgando o conteúdo do Blog para sua rede de contatos e amigos. Juntos faremos deste Blog o seu espaço de consultas e busca de informações.

Atenciosamente,

Prof. Artur Reis

CASO MUÇÃO - FECHAMENTO (GESTÃO DE CRISE DE IMAGEM)


Por Artur Reis

Enquete

A enquete foi fechada com apenas 20 participações individuais. Metade dos participantes assinalou não saber o que dizer sobre o caso. Isso pode significar realmente um baixo conhecimento sobre o caso, ou mesmo o desejo de não se comprometer com uma resposta. Algo como não querer fazer um julgamento. Contudo apenas 21% realmente diziam acreditar que o Mução era inocente.

Embora o número de participantes da enquete tenha sido baixo, recebi muitas mensagens pelo correio eletrônico falando sobre o caso. Tive também a oportunidade de conversar com muitas pessoas que acompanharam o caso e que manifestaram sua opinião de maneira informal. Nesse caso, a maioria não acreditava na inocência do Mução, apesar das evidências apresentadas pela mídia.

Quadro de Menções no Google sobre o Caso

Apenas para efeitos de comparação, volto a publicar o quadro com o número de menções registradas no Google sobre o caso Mução, comparado o resultado de hoje, com o número identificado em 07/07/12. Vejam que a quantidade total de menções sobre o caso caiu muito desde então. Em relação aos temas ”prisão” e “culpa”, o Google registrou uma queda de 18,5% apresentando 1.418.260 menções agora. Já os temas “liberação”, libertação e “inocência” apresentaram uma queda de 28,3%, com apenas 586.659 menções. Isso comprova que a notícia negativa sempre tem maior destaque do que a positiva, quando se prova o contrário.






Conclusão

O caso Mução não será o único nem tampouco o último caso a envolver pessoas famosas em escândalos que geram crise de imagem. Em geral o desfecho desses casos é desfavorável aos acusados, mesmo quando são inocentes.

Dois fatores, porém, não podem ser esquecidos. Primeiro, a memória fraca dos brasileiros. Segundo, a capacidade dos brasileiros de relevarem ou minimizarem o fato, ou a culpa dos acusados. Quando se trata de celebridades, ou de pessoas que gozam de um conceito positivo junto a um determinado público, existe uma espécie de crédito natural, que de certa forma cria um colchão contra possíveis problemas ou manchas na reputação dessas pessoas. Quantos artistas já estiveram envolvidos em escândalos, por “espancarem a companheira”, “agredirem fotógrafos”, “serem presos por consumo de drogas”, “causarem tumulto em locais públicos”, etc.? Mesmo assim, apesar dos deslizes, esses artistas continuaram suas carreiras e foram perdoados pelo público em geral depois de algum tempo.


Todavia, quando se trata escândalos envolvendo pornografia infantil, estupros, pedofilia e assassinatos, a coisa fica mais difícil para a celebridade acusada.


Já o caso Mução, não se trata apenas de uma crise de imagem envolvendo uma celebridade. Além de humorista, Mução é também um empresário radialista que tem um programa de altíssima audiência no cenário nacional. E aí a coisa muda muito para pior. A crise de imagem a ser também uma crise empresarial.


Mas, a mudança dos fatos logo nas primeiras 48 horas da notícia inicial ter sido divulgada ajudou muito a conter a onda de desdobramentos e difusão desse crime.
Assim que o irmão confessou o crime, a notícia perdeu força pela perda de interesse da imprensa. Afinal, não era mais o Mução o culpado e sim seu irmão. E graças a isso, seu programa não foi afetado, já que seus patrocinadores anunciantes não chegaram a cancelar o contrato.

Quero aproveitar para reproduzir o conteúdo de um blog publicado pela Tribuna do Norte, que pede perdão por ter noticiado a culpa do Mução quando este foi preso. Isso é realmente algo quase inédito na mídia.

Leiam: Perdão Mução, você é inocente, eu fui precipitada!

Quando se trata de Gestão de Crise, não podemos esquecer que um boato será sempre verdade para muitas pessoas que acreditam piamente no que aconteceu, mesmo que seja uma mentira.

Por isso, embora sempre haverá pessoas que irão acreditar na culpa do Mução, até que algum fato novo venha envolvê-lo novamente neste crime, ele estará com a sua imagem preservada junto à opinião pública. Ou seja, a crise foi debelada.

Observação: Caso esta postagem apresente algum problema operacional na leitura, favor clicar no link do título da postagem, pois este problema será corrigido.

Grato. Prof. Artur Reis